Cuiabá, Segunda-Feira, 17 de Novembro de 2025
'NÃO VEJO MANIPULAÇÃO'
17.11.2025 | 14h00 Tamanho do texto A- A+

Sandrão detalha 'paixão intensa' com Suzane von Richthofen

Na entrevista, ela descreveu como foi a aproximação, o momento do primeiro beijo e explicou por que o romance foi mantido em segredo por anos

Reprodução/Record

Gugu Liberato entrevistou Sandrão

Gugu Liberato entrevistou Sandrão

DO UOL SPLASH

Sandra Regina Ruiz Gomes, a Sandrão, falou com detalhes sobre o relacionamento amoroso que manteve com Suzane von Richthofen quando ambas cumpriam pena na Penitenciária Feminina de Tremembé. As declarações foram feitas em entrevista a Roberto Cabrini, no Domingo Espetacular (Record).

 

Na entrevista, ela descreveu como foi a aproximação, o momento do primeiro beijo e explicou por que o romance foi mantido em segredo por anos.

 

De acordo com Sandrão, o vínculo começou gradualmente durante atividades cotidianas na prisão. "A gente jogava xadrez sempre junto. Por regalia, por bom comportamento, a gente podia escutar música. E nisso a gente foi se aproximando", contou.

 

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Ela não escondeu a intensidade dos sentimentos. "Eu me apaixonei por ela". Sobre a reciprocidade, afirmou: "Acredito que Suzane também deve ter se apaixonado por mim. Acho que uma máscara não dura 24 horas por dia".

 

Já o primeiro beijo aconteceu durante o trabalho na área da costura. "A gente tava arrumando os equipamentos. Só estava a gente. A gente se olhou e se beijou".

 

A situação, segundo relembra, foi cercada de apreensão. "Era um risco grande. Ia sair na mídia: 'Suzane von Richthofen foi pega com uma sapatão e foi para o castigo'", explicou.

 

Sandrão confirmou que a própria Suzane temia a exposição. "Ela não queria, de forma alguma" que soubessem da relação.

 

A decisão de assumir o relacionamento veio somente após muitos anos, quando já não havia mais risco de punição. "Quando ela decidiu ficar comigo mesmo, já era autorizado", completou, afirmando que nenhuma das duas foi punida disciplinarmente pelo envolvimento romântico.

 

Ao resumir os anos ao lado de Suzane, Sandrão foi enfática. "A gente viveu uma história. O tempo em que estive com ela, fui feliz". Sobre a possibilidade de ter sido manipulada, como já foi especulado, Sandra se mostrou cética:

 

"Se em algum momento teve uma manipulação como dizem, eu não vejo. Mas se teve, tranquilo".

 

A entrevista também abordou a convivência entre Suzane e Elize Matsunaga, que também foi namorada de Sandrão. Sobre a relação entre as duas, disse: "De princípio, era normal. Não eram amigas, porque Suzane não era amiga de muita gente".

 

Questionada se Suzane sentia ciúmes de Elize, Sandrão admitiu: "Eu acho que em certo momento, sim, quando eu estava com Elize".

 

Série 'Tremembé'

 

O advogado de Sandrão falou ao Domingo Espetacular que a cliente pretende pedir a suspensão da série 'Tremembé', do Prime Video. O motivo, segundo alega o defensor, são cenas que distorcem os fatos do crime pelo qual ela foi condenada, podendo inclusive agravar sua situação jurídica.

 

A série dramatiza a vida de Sandra na penitenciária de Tremembé, onde cumpriu pena e ficou conhecida por seus relacionamentos com outras presas famosas, como Suzane von Richthofen e Elize Matsunaga. Na produção, ela é interpretada pela atriz Letícia Rodrigues.

 

A representação, segundo ele, não condiz com os autos do processo. "A verdade é que ela é ligada ao crime, mas sua participação é a ligação, foi provado no processo. A série mostra que ela dá a arma a um menor de idade, isso agrava a penalidade", explicou durante entrevista a Roberto Cabrini.

 

Durante o programa, Sandra, que hoje cumpre pena em regime aberto com previsão de solução para janeiro de 2028, falou sobre o impacto que a série teve em sua vida. Ela se disse usada pela produção. "Usaram a mim, a minha pessoa, para conseguirem lucrar com meu nome e minha imagem", desabafou.

 

 

A condenada também relatou o assédio e a dificuldade de reinserção social que enfrenta desde que a série foi ao ar.

 

O crime

 

Sandra foi condenada por participar do sequestro e assassinato de um adolescente de 14 anos em Mogi das Cruzes, em 2005. A sentença, à qual a reportagem teve acesso, foi originalmente de 27 anos, posteriormente reduzida para 24 anos em recurso.

 

Ela sempre alegou ter sido coagida e ameaçada de morte para fazer as ligações pedindo um resgate de R$ 30 mil à família da vítima, que informou ter apenas R$ 3 mil. O adolescente foi assassinado com um tiro na cabeça mesmo após o contato.

 

Agora, tenta reconstruir a vida em Mogi das Cruzes, onde mora em união estável.




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