Poucas horas após conquistar a primeira coroa brasileira da história do Miss Supranational, a modelo e educadora capixaba Eduarda Braum, 24, ainda tentava digerir a dimensão de sua vitória.
Em entrevista exclusiva à coluna, direto da Polônia pós coroação, ela falou com emoção sobre o feito inédito, os bastidores da final e o apoio que recebeu da família, de sua cidade natal e de milhares de brasileiros ao redor do mundo.
"Estou com aquele sentimento de dever cumprido. Olhar pra trás e ver que fizemos história é muito forte. Essa era a coroa que faltava para o Brasil entre os grandes concursos e chegou o nosso momento de gritar ‘Brasil’ para o mundo", celebrou ela, que foi coroada no final da tarde desta sexta (27) -- assista ao vídeo do momento de coroação aqui ou mais abaixo.
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Logo após o anúncio, depois de muitas fotos e vídeos, Eduarda correu para os braços da família. A mãe, a irmã e tios estavam presentes na plateia, e o reencontro foi um dos momentos mais marcantes da noite.
"Foi muito emocionante. Eu estava em choque. Minha mãe veio de Afonso Cláudio, saiu pela primeira vez do país. Ela ganhou a viagem do meu tio e estar com ela aqui, nesse momento, foi algo muito especial pra mim", contou.
Enquanto isso, no Brasil, sua cidade natal parou. Em Afonso Cláudio, no Espírito Santo, cidade de cerca de 30 mil habitantes a 136 km de Vitória (ES), um telão foi montado em praça pública para exibir a final com tradução simultânea. Vídeos mostram a população vibrando a cada etapa da capixaba — com direito a fogos, choro, gritos e abraços ao estilo Copa do Mundo.
"Eu vi alguns vídeos e fiquei extremamente emocionada. As pessoas que me viram crescer estavam ali: da infância, da adolescência, da época em que fui vendedora, professora e depois miss. Ver essa torcida tão unida me tocou profundamente. O mais bonito foi ver idosos, crianças, adolescentes, todos vestindo a camisa do Brasil. A gente precisa voltar a torcer pelo nosso país", disse, com a voz embargada.
"ME MANTIVE FIEL A MIM"
Em meio a candidatas de dezenas de países e três semanas de confinamento, Eduarda aponta o autoconhecimento e a autenticidade como os maiores trunfos para vencer.
"Meu diferencial foi me manter fiel a quem eu sou. Tive que me blindar de muitas coisas e segurar firme nos meus valores, sem criar personagem. Isso fez a diferença."
Formada em Letras e Pedagogia, ela também falou sobre o desafio de se comunicar em inglês, idioma oficial do concurso.
"Estudei bastante, mas na prática nem sempre é simples. No começo foi mais difícil, mas me virei bem! Sempre quis fazer um intercâmbio e nunca tive condições. E agora, posso dizer que vivi isso no Supra. Foi um sonho realizado."
Filha de agricultores, Eduarda cresceu na zona rural do Espírito Santo e começou a trabalhar cedo. Venceu o Miss Espírito Santo em 202, foi finalista do Miss Universo Brasil daquele ano e, desde então, se preparava para ir além.
"Levar o nome do Brasil para o mundo vai ser incrível. Eu cresci vendo meus pais plantarem para colher, e é isso que eu carrego comigo. Com esforço e dedicação, a gente pode sim ir além e realizar os nossos sonhos."
Antes de encerrar, a recém-coroada Miss Supranational 2025 fez questão de agradecer.
"Minha mensagem é de gratidão. Obrigada a cada brasileiro que torceu, que acreditou em mim, que me mandou uma mensagem, que vibrou. Tentei dar o meu melhor e levar uma mensagem de esperança. Essa vitória não é só minha. É nossa."
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