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A empresária Maria Angélica Caixeta Gontijo (detalhe) está presa em Cuiabá, desde sábado (23)
A empresária Maria Angélica Caixeta Gontijo, de 40 anos, estava em Cuiabá com seu marido no dia do assassinato do advogado Roberto Zampieri, em 5 de dezembro. Ela foi presa pela Polícia Civil apontada como a mandante do crime.
"Ela esteve em Cuiabá no dia dos fatos em um carro blindado. Ela e seu esposo estiveram aqui em Cuiabá, coincidentemente, no mesmo dia da execução do doutor Roberto Zampieri", revelou o delegado Edson Pick ao Programa do POP, da TV Cidade Verde.
Maria Angélica é mineira e mora em Patos de Minas (MG) com sua família, mas vinha com frequência a Mato Grosso por conta de uma propriedade rural que tem em Ribeirão Cascalheira.
Conforme as investigações, Maria Angélica disputava judicialmente a propriedade com o empresário Evelci Rossi, a quem Roberto Zampieri passou a defender após ter seu trabalho dispensado pela empresária.
No decorrer do ano de 2022, Maria Angélica, Evelci e Zampieri protagonizaram diversos embates acerca do litígio. A empresária registrou boletins de ocorrência contra os dois alegando sofrer ameaças e os acusando de diversos crimes.
Em resposta, Zampieri e Rossi ingressaram com uma queixa-crime em desfavor de Maria Angélica pedindo indenização de R$ 200 mil por danos morais por calúnia, injúria e difamação.
O assassinato de Zampieri
Roberto Zampieri foi assassinado dentro de sua caminhonete Fiat Toro com 10 tiros, na noite de 5 de dezembro, em frente ao seu escritório, no Bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá.
O atirador ficou sentado na calçada em frente ao estabelecimento por mais de uma hora, aguardando a saída do jurista.
No dia 20 de dezembro, a Polícia prendeu Antônio Gomes da Silva, acusado de ser o executor, em Santa Luzia. Horas depois, Maria Angélica foi presa em Patos de Minas (MG). No dia 22, o suposto intermediário, Hedilerson Martins Barbosa, também foi preso em Minas Gerais.
Após terem suas prisões mantidas, os três foram transferidos para Cuiabá no último sábado (23).
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