01.12.2011 | 20h:15

SUBMUNDO DAS DROGAS


Traficante que tentou matar testemunha pega 12 anos

Crime ocorreu em junho de 2009, na porta de uma delegacia, e envolve o tráfico na Capital

O vendedor João Bosco de Queiroz Amorim foi condenado a 12 anos e oito meses de prisão e seu cúmplice, Domérico Ferreira de Oliveira, sentenciado a 13 aos a quatro meses, pela tentativa de assassinato contra o jovem Alex Ferreira Dias, o "Batoré", 22.

A tentativa de homicídio ocorreu em junho de 2009, quando Batoré descia as escadas da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), então localizada na Rua Miranda Reis, no bairro Bandeirantes.

O julgamento foi realizado pelo Tribunal do Júri da Comarca de Cuiabá, presidido pela juíza Mônica Catarina Perry de Siqueira. 

Os dois foram condenados por tentativa duplamente qualificada – motivo torpe e recurso que dificultou a defesa por parte da vítima.

O crime seria um acerto de contas, uma vez que Alex havia assassinado Marcelo Adriano Costa Sanches, o "Paraguaio", 19, três dias antes. Marcelo era um “soldado” da boca-de-fumo gerenciada por João Bosco.

Ao colocar o pé na calçada da delegacia, Batoré foi surpreendido pelos criminosos. Domenico, que estava na garupa, atirou duas vezes e acertou as costas da vítima. Em seguida, os criminosos fugiram em alta velocidade em direção ao Coxipó.

Dias depois, policiais da própria DHPP conseguiram localizar a dupla, que teve a prisão preventiva decretada.

Para os policiais, foi uma questão de honra, pois a audácia dos bandidos estava “passando dos limites”, segundo um dos policiais.

Minutos antes, Batoré foi ouvido como suspeito do assassinato de Marcelo Adriano Costa Sanches, o "Paraguaio", 19, ocorrido três dias antes, no bairro São João Del Rey, em Cuiabá.

Para o promotor criminal João Augusto Gadelha, a pena foi adequada, uma vez que Joao Bosco é traficante e Domênico praticou crimes em várias cidades, inclusive, de Mato Grosso do Sul.

“É uma forma de demonstrar que o crime não ficou impune, uma vez que agiram na porta de uma delegacia e acreditavam que não seriam presos”, destacou.

Dos dois condenados, Domênico está preso e João Bosco, foragido. A vítima não compareceu, uma vez que está com a prisão preventiva pelo assassinato de Marcelo.


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