Cuiabá, Quinta-Feira, 17 de Julho de 2025
ASSASSINATO DE EX-JOGADOR
16.07.2025 | 18h50 Tamanho do texto A- A+

Ex de acusado admite relação amorosa "recente" com a vítima

Ex-esposa de Idirley Alves Pacheco prestou depoimento no inquérito sobre a morte de Everton Conceição

Victor Ostetti/MidiaNews

O delegado titular da DHPP, Caio Fernando Alvares Albuquerque;  (em detalhe) Everton Fagundes, vítima do crime

O delegado titular da DHPP, Caio Fernando Alvares Albuquerque; (em detalhe) Everton Fagundes, vítima do crime

LIZ BRUNETTO
DA REDAÇÃO

Em depoimento à Polícia Civil, a ex-mulher do empresário Idirley Alves Pacheco, acusado de matar a tiros o ex-jogador de vôlei Everton Fagundes Pereira da Conceição, de 46 anos, afirmou que tinha uma relação recente com a vítima, de apenas alguns dias.

Ela confirma que nos últimos dias eles estavam se relacionando, que algumas pessoas já sabiam, mas que estavam aguardando resolver a situação dela com o ex-marido

 

A informação foi confirmada pelo delegado titular da DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa), Caio Fernando Alvares Albuquerque, em entrevista ao programa Cadeia Neles, da TV Vila Real.

 

A mulher é testemunha ocular de momentos antes do crime e foi ouvida novamente pela Polícia para esclarecer alguns pontos e detalhar o que viu, especialmente após as declarações dadas por Idirley, que alegou estar sendo extorquido pela vítima e pela ex. Essa versão perdeu força diante das investigações.


“Ela confirma que nos últimos dias eles estavam se relacionando, que algumas pessoas já sabiam, mas que estavam aguardando resolver a situação dela com o ex-marido”, afirmou o delegado.

 

Segundo as investigações, Everton e a mulher se conheceram há aproximadamente um mês, apresentados por um pastor. “Ele é apresentado e depois se dispõe a auxiliar na separação do casal. Só que nos últimos dias, já neste mês, há essa aproximação mais íntima dos dois. Segundo ela, pelo que percebeu, o ex-marido não sabia desse vínculo”, explicou.

 

Segundo a testemunha, ela vivia com o ex um relacionamento “opressor”, no qual era impedida de trabalhar e até de estudar. Ela decidiu pôr fim ao casamento e comunicou o ex sobre o término.

 

No início do mês de julho, ela pediu uma medida protetiva contra o ex por acreditar que ele tentou preparar uma “cilada” para ela, forjando um suposto roubo.

 

“Segundo a mulher, Idirley estava em um local ermo e falou que tinha sido vítima de um roubo e era para que ela fosse ao encontro dele para ajudá-lo. Só que ela ficou com medo daquilo ser uma cilada e acionou a Polícia e até o Corpo de Bombeiros. E não foi a esse local, mandou um familiar”, explicou o delegado.

 

Idirley, segundo a testemunha, não tinha nenhum sinal de lesão, mesmo tendo dito que levou uma coronhada, e nem registrou boletim de ocorrência sobre o caso.

 

Dinâmica

 

O delegado explica que, na noite dos fatos, eles se encontraram na casa da mãe da testemunha e, como havia sido combinado previamente, Everton acompanharia Idirley para esconder uma das caminhonetes Amarok, que estaria com o documento vencido.

 

Everton assumiu a direção e Idirley foi ao lado dele, no banco do carona. Em determinado momento do trajeto, há uma parada brusca e o empresário desce do veículo para entregar alguns objetos da filha à ex-esposa, que seguia no veículo de trás.

 

“Ela relata que viu ele erguendo a camisa e sacando uma arma de fogo, uma pistola, e aí ela vê ele caminhando já rumo à Amarok, onde estava a vítima, e já entra no banco traseiro direito e aponta já no sentido da cabeça da vítima e fala para ela seguir em frente”, explicou.


“Nisso, a testemunha relata que a vítima grita, pedindo para que ele não fizesse aquilo, só que ele entra no carro e já começam a fuga. Por outro lado, essa testemunha começa a ligar para a Polícia e, logo depois, já é o anúncio da colisão e dos disparos”, completou.

 

Idirley afirmou que a arma usada no crime era da vítima. No entanto, a ex-esposa afirma que a arma que viu era do empresário.

 

“A testemunha fala que era uma arma de uso dele, de uso pretérito, uma arma que ela mesma conhecia, que ele usava para efetuar disparos em alguma zona rural. Então era uma arma que ele já usava antes dos fatos”, afirmou.

 

O crime

 

Everton foi assassinado a tiros na noite de quinta-feira (10), nas proximidades da Avenida República do Líbano, em Cuiabá.

 

O atleta foi encontrado morto dentro da Volkswagen Amarok.

  

A prisão de Idirley foi decretada pela Justiça a partir de um pedido feito pela DHPP, e o empresário se entregou na manhã desta segunda-feira (14).

 

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