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24.10.2024 | 10h:30

OPERAÇÃO NO TJ-MS


PF cumpre busca e apreensão em empresa de lobista de Cuiabá

Andreson Gonçalves é um dos alvos da Operação Ultima Ratio, que cumpriu mandados em Cuiabá

Divulgação

Policiais federais em frente à empresa Florais Transportes

A Operação Ultima Ratio, da Polícia Federal, que afastou cinco desembargadores do TJ-MS, cumpriu na manhã desta quinta-feira (24) um mandado de busca e apreensão na empresa Florais Transportes, que pertence ao empresário Andreson Gonçalves.

 

Na empresa, que fica no Jardim Nova Esperança, em Cuiabá, os policiais recolheram documentos e arquivos digitais. Também houve cumprimento de mandados em outros endereços ligados a Andreson, como em casa no condomínio Alphaville.

 

O empresário é investigado pela Polícia Federal em um suposto esquema que envolveria venda de sentenças no Superior Tribunal de Justiça (STJ), que teria a participação do advogado Roberto Zampieri, assassinado em dezembro passado em Cuiabá.

 

Nas investigações sobre o suposto esquema no STJ, foram encontrados diversos comprovantes bancários de transferências de uma conta corrente de Zampieri para a Florais Transporte. Conforme as investigações, foram identificados repasses de R$ 50 mil, R$ 100 mil e R$ 200 mil.

 

A Operação Ultima Ratio

 

A operação desta quinta afastou dos cargos os desembargadores de Mato Grosso do Sul Sérgio Fernandes MartinsVladimir Abreu da Silva, Alexandre Aguiar Bastos, Sideni Soncini Pimentel e Marco José de Brito Rodrigues.

 

Os afastamentos foram determinados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que também autorizou a Polícia Federal a cumprir, com apoio da Receita Federal, 44 mandados de buscas contra eles, outros servidores públicos, 9 advogados, além de empresários suspeitos de se beneficiarem do esquema.

  

Também são investigados um juiz de primeira instância, dois desembargadores aposentados e um procurador de justiça. As ordens são cumpridas em Campo Grande, Brasília, São Paulo e Cuiabá.

 

Os 5 magistrados terão que usar tornozeleira eletrônica e estão proibidos de acessarem as dependências dos órgãos públicos e de se comunicarem com outras pessoas investigadas.

 

Segundo as investigações, entre os crimes cometidos pelo grupo estão lavagem de dinheiro, extorsão, falsificação e organização criminosa.

 

A operação é fruto de três anos de investigação da Polícia Federal e foi batizada de "Ultima Ratio", um princípio do Direito segundo o qual a Justiça é o último recurso do Poder Público para parar a criminalidade.

 

 


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