A safra recorde de soja deste ano deverá elevar o PIB (Produto Interno Bruto) da cadeia da soja e do biodiesel para R$ 821 bilhões, um crescimento de 10,9% em relação a 2024.
A projeção, feita com base nos dados disponíveis até o final do primeiro trimestre, é do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) e da Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais).
Se for confirmada a estimativa, o PIB da cadeia da soja e do biodiesel deverá representar 21,7% do PIB do agronegócio e 6,4% do indicador nacional.
Essa evolução do setor se deve à safra recorde de 169,7 milhões de toneladas, conforme dados estimados pela Abiove, e pelo aumento de processamento interno da oleaginosa. Com uma safra tão grande, o PIB de dentro da porteira deverá registrar crescimento de 24,1% neste ano. O maior movimento e a exigência de mais serviços em diversas áreas, como transporte, financeira, agroindústria e escritórios, vai provocar um aumento de 8,2% no setor de agrosserviços, segundo os analistas das duas entidades. A agroindústria e a cadeia de insumos devem crescer 3%.
Com um desempenho tão acelerado, a renda da commodity volta a crescer neste ano, após retrações de 2022 a 2024. A evolução, conforme os dados já disponíveis, deverá ser de 18,2% no ano, provocada não só pela safra recorde de soja e pelo aumento de processamento, mas também pela elevação dos preços no primeiro trimestre, em relação aos patamares de igual período de 2024.
Segundo o Cepea, a renda do setor ao longo do ano vai depender dos preços e do volume de processamento nos próximos meses. O segundo trimestre já indicou um comportamento menos favorável do que no primeiro.
Processar internamente a soja produzida é um bom negócio. Segundo dados do estudo do Cepea e da Abiove, o processamento interno gera 4,3 vezes mais empregos do que a exportação. Na agricultura, para cada mil toneladas produzidas, são gerados 6,4 empregos direta ou indiretamente. Já na agroindústria, para cada mil toneladas de soja processadas, foram gerados 21 empregos.
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