Considerada uma das maiores autoridades na profissionalização de empresas familiares, a professora da Fundação Dom Cabral (FDC), Juliana Gonçalves, será uma das palestrantes do evento “Elas no Campo 2018”, que acontece no dia 15 de junho, em Cuiabá.
Sob o tema “Desenvolvendo Líderes para o Agro”, o encontro tem como intuito oferecer conteúdo de ponta sobre Gestão e Governança, bem como proporcionar o intercâmbio de conhecimento e experiências entre as participantes.
Além de participar do painel “Governança e Sucessão no Agronegócio: uma visão feminina”, a jornalista, que tem entre suas especializações o mestrado em Administração pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC) e FDC, abrirá o evento com a palestra “Governança e Sucessão para a continuidade das empresas do agronegócio”.
Juliana explica que em relação às demais companhias, que possuem elementos mais definidos em relação ao processo sucessório, com instrumentos mais racionais, as empresas familiares trazem consigo aspectos subjetivos.
“Estes elementos são da ordem família, relações permanentes, sentimentos, afinidades, ressentimentos, mágoas, preferências”, destaca ao lembrar que embora a atuação de profissionais voltados ao processo sucessório vise minimizar tais fatores, trata-se de um grupo de pessoas que tem relações para além dos muros da empresa.
Característica deste momento vivido pelas empresas do agronegócio, a transição para as gerações futuras com o fundador presente e muito voltado aos processos operacionais é um aspecto considerado positivo por Juliana.
“É um privilégio para as novas gerações poder aprender com os fundadores que possuem toda uma história. Uma transição que ocorre de forma mais abrupta, com o falecimento do fundador, por exemplo, é sempre mais traumática”.
No entanto, para que a sucessão ocorra de forma serena, é preciso que os fundadores entendam que é necessário abrir espaço para as novas gerações.
“Planejamento sucessório implica em um processo que leva alguns anos. Um fundador que ainda está muito no operacional vai ter dificuldade no processo de sucessão. Isso implica ele deixar de forma natural o operacional e seguir para o estratégico, abrindo espaço para que as novas gerações possam ocupar os seus lugares, assumindo desafios e novas responsabilidades”.
Por conta disso, Juliana estima que um processo tranquilo de sucessão leve de cinco a oito anos para ser concluído. Ela cita como exemplo o empresário Jorge Gerdau, que após tornar pública sua intenção de se afastar do negócio, concluiu o processo em oito anos.
“Este tempo é necessário para identificar os potenciais entre a segunda geração, identificar aqueles que têm interesse em continuar no negócio. Aí, você vai desenvolver, trazer todo o projeto acadêmico, o desenvolvimento no trabalho, executando, dando a ele oportunidades, chances de crescimento”, ressalta.
Sobre o “Elas no Campo 2018”, a professora da FDC destaca que o evento trará às participantes reflexões para o momento atual das empresas que atuam. “No mundo da empresa familiar não existe uma resposta única e eventos como esse fazem abrir a cabeça, contato com outras experiências, outras realidades, que podem fazer buscar mais conhecimento, informações e como fazer”, finaliza.
ENCONTRO ELAS NO CAMPO 2018
Conforme explica a diretora executiva do Grupo Valure, a coach e mentora de gestão Lorena Lacerda, sob o tema “Desenvolvendo Líderes para o Agro”, o encontro “Elas no Campo 2018” tem como intuito oferecer conteúdo de ponta sobre Gestão e Governança, bem como proporcionar o intercâmbio de conhecimento e experiências entre as participantes.
“O protagonismo feminino na Gestão e Governança dos negócios tem sido tema recorrente de discussão e análise dentro do processo de estimulo à maior imersão das mesmas. O ‘Elas no Campo’ é pensado justamente para proporcionar uma experiência única de aprendizagem e aprimoramento contínuo”, comenta Lorena.
PROJETOS SOCIAIS
Vale destacar que a lucratividade do evento será revertida para projetos sociais. No dia 15 de junho, o encontro “Elas no Campo 2018” se iniciará às 8h do dia 15 de junho e vai até às 18h no Gran Odara, em Cuiabá. Mais informações pelo contato (65) 3318-2600 ou pelo site www.elasnocampo.com.br .
Programação "Elas no Campo 2018"
8h | Credenciamento participantes
8h30 | Palestra “Governança e Sucessão para a continuidade das empresas do agronegócio”
Palestrante: Juliana Gonçalves – Professora da Fundação Dom Cabral (FDC)
10h | Coffee break
10h30 | Roda de Debate Governança e Sucessão no Agronegócio: uma visão feminina;
Mediadora: Lorena Lacerda – Diretora Executiva – Grupo Valure
Painelistas: Aline Bortoli - Membro da comissão da família - Grupo Bom Futuro
Tânia Balbinotti – Diretora de RH – Sementes Adriana
Juliana Gonçalves – Professora da Fundação Dom Cabral (FDC)
12h | Almoço
13h30 | Case de Sucesso no Agronegócio
Marlene Kaiut – Produtora e administradora Rural do Paraná
14h30 | Roda de Debate "Gestão no Agro: Desafios e soluções"
Mediadora: Lorena Lacerda – Diretora Executiva – Grupo Valure
Painelistas: Mariângela Albuquerque – Diretora Executiva
Cristiane Rabaioli - Executive Manager – Grupo Celeiro
Neusa Lopes – Diretora Executiva - Girassol Agrícola
16h | Coffee break
16h30 | Palestra “Diversidade e Produtividade: o papel das mulheres no sucesso dos negócios”
Palestrante: Carmen Migueles – professora da Fundação Dom Cabral (FDC)
18h | Encerramento
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