Justiça mantém prisão de dupla que decapitou “amigo” em MT

A Justiça de Mato Grosso determinou no último domingo (2) a prisão preventiva de Luis José Rodrigues Covenas, de 30 anos, e Wagner Moreno de Souza, de 22, acusados de matar e decapitar o amigo Vinicius Henrique Tavares Macedo, no município de Cáceres.

Trata-se de crime brutal, com decapitação e extração de órgão da vítima, praticado supostamente como ‘prova de lealdade’ à facção

A decisão assinada pela juíza Joseane Carla Ribeiro Viana Quinto Antunes, durante a audiência de custódia da dupla, ressaltou a gravidade do crime, motivado por uma briga entre facções criminosas que atuam no estado.

A prisão de Luis e Wagner ocorreu na manhã de sábado (1º), poucas horas após o corpo da vítima ser encontrado decapitado dentro de um saco de lixo, durante diligências realizadas pela Polícia Militar.

Além da dupla, dois adolescentes, de 16 e 17 anos, foram detidos e confessaram o envolvimento no crime.

Em depoimento, Wagner relatou que pertencia à mesma facção criminosa que Vinicius, mas, ao deixar a organização para integrar outra, recebeu uma mensagem ordenando o assassinato da vítima.

Devido à amizade entre eles, ele chamou Vinicius para fumar maconha. No local, Vinicius foi surpreendido pelos adolescentes, que o renderam e o amarraram.

Aproveitando a situação, Luis golpeou a vítima com uma arma e aplicou um golpe conhecido como “mata-leão”. Em seguida, efetuou vários golpes de faca na barriga de Vinicius.

Em determinado momento, o grupo iniciou o processo de decapitação da vítima e realizou uma perfuração em seu tronco com a intenção de retirar um órgão – que acreditavam ser o coração. Devido à crueldade da ação, Luis chegou a desmaiar.

A ação foi transmitida aos “irmãos” da facção por meio de uma chamada de vídeo, e o grupo prometeu realizar transferência via Pix a eles.

Diante da gravidade do crime, a juíza argumentou pela manutenção da prisão dos acusados:

“Trata-se de crime brutal, com decapitação e extração de órgão da vítima, praticado supostamente como ‘prova de lealdade’ à facção, com transmissão ao vivo do crime para lideranças da organização”

“O modus operandi revela periculosidade extrema dos agentes, que teriam atraído a vítima mediante ardil (Wagner utilizou a amizade prévia com Vinicius), executaram-na com requintes de crueldade e depois ocultaram o cadáver em locais distintos para dificultar a investigação”, acrescentou.

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