O ator cuiabano Romeu Benedicto é um dos destaques do filme ‘Rondon Pagmejera – O Grande Chefe’, que será exibido neste sábado (09.05), no Supercine, em comemoração aos 150 anos do militar, conhecido por explorar o Centro-Oeste e o Norte brasileiros e estabelecer relações cordiais com diversas tribos indígenas. A história narra os episódios mais marcantes da vida do Marechal, contada pelo próprio protagonista na velhice, interpretado pelo veterano Nelson Xavier. No filme, o ator Romeu Benedicto dá vida a Manoel Rodrigues da Silva Rondon, tio do Marechal. O filme é uma reedição da minissérie exibida em novembro de 2014.
Tio Manoel teve uma influência importante na vida de Rondon, por quem ele foi criado. Em 1873, após a morte de sua mãe, ele veio morar em Cuiabá com o tio, que era Capitão da Guarda Nacional. Estudou na Escola Mestre Cruz e no ano seguinte na Escola Pública Professor João B. de Albuquerque. Em 1879 entrou para o Liceu Cuiabano e em 1881 formou-se professor, ano em que foi para a Escola Militar no Rio de Janeiro. Com autorização do Ministério da Guerra, Cândido Mariano da Silva acrescentou o sobrenome Rondon, em homenagem ao tio Manoel.
“O tio Manoel foi fundamental na vida e na formação de Rondon. Fiquei muito feliz e emocionado em poder interpretar um personagem com tamanha importância na história do Brasil”, destacou Romeu Benedicto. Para o ator, que começou a vida artística como amador em um grupo na Universidade Federal de Mato Grosso, em Cuiabá, é um privilégio atuar em filmes e novelas de destaque nacional. “Estou na estrada há praticamente 30 anos e não é fácil conquistar este espaço. Sou muito grato por todas as oportunidades que tive e tenho de representar Mato Grosso no cenário estadual e nacional”, completou Romeu.
DESENVOLVIMENTO DO PAÍSPatrono das comunicações no Brasil e um profissional dedicado ao desenvolvimento do país, Rondon foi um grande herói nacional, do ponto de vista social, cultural, político, da integração e das pesquisas científicas que as expedições dele realizaram. O filme mostra o quanto Marechal Rondon se dedicou à preservação da natureza, aos cuidados com a população nativa e com seu lado humanístico. Seu trabalho é considerado superior a de todos os bandeirantes, pois ele protegia os índios.
Marechal Rondon nasceu em Mimoso, distrito de Santo Antônio de Leverger (MT), em 1865, e faleceu no Rio de Janeiro, em 1958. Foi um brasileiro que se destacou mundialmente, recebendo 29 prêmios de entidades de projeção internacional, chegando a ser reconhecido pela International Geographical Society de Washington (EUA) como um dos cinco maiores desbravadores da humanidade. Chegou, inclusive, a ser indicado ao Prêmio Nobel por Albert Einstein.
O filme ‘Rondon Pagmejera – O Grande Chefe’ é uma produção de Marcelo Santiago e Rodrigo Piovezan. O elenco conta ainda com a participação dos atores Rui Ricardo, que interpreta Rondon na juventude, e Marcos Breda, que vive o presidente Getúlio Vargas.
SOBRE ROMEU BENEDICTOO ator Romeu Benedicto começou sua carreira por iniciativa própria, primeiro fazendo apresentações locais, depois se lançou aos festivais nacionais em Curitiba (PR), Salvador (BA) e interior de Mato Grosso. Foi premiado no Festival de Cinema de Mato Grosso como ator revelação. Atuou uma temporada na Europa com o monólogo “O Belarmino e o Guardador de Ossos”, texto de Guilherme Dikie, escritor mato-grossense premiadíssimo. A peça foi muito bem aceita pelos críticos e público.
Também fez “O Salário dos Poetas” do mesmo autor, com dramaturgia europeia e direção de Jão Brites e Amaury Tangará. Já atuou em Malhação e Carga Pesada, na Globo, e em novelas da emissora como Pecado Capital, Duas Caras, Belíssima, e Cordel Encantado. Na Record participou da novela Bicho do Mato gravada em Cáceres.
Romeu também trabalha muito bem com o humor. Há 15 anos o ator criou o personagem Totó Bodega, sucesso entre as crianças e adultos. Totó representou Cuiabá durante a Copa do Mundo, no site do Ministério dos Esportes, com divulgação nos portais Terra, UOL, entre outros. Segundo o ator, a inspiração para criar Totó veio da infância dele, em Cuiabá e no Coxipó do Ouro, no Arraial dos Freitas. Lá existia um homem, chamado Dito Baixo, que era do estilo Totó Bodega: camisa apertadinha, de cor extravagante, e cabelo com brilhantina. Ia aos bailes e dançava sozinho se não tivesse par. Totó Bodega é um trabalhador rural, vítima do êxodo rural, humilde, mas extrovertido e divertido.