Cuiabá, Quinta-Feira, 31 de Julho de 2025
AGRESSÃO
18.11.2015 | 17h40 Tamanho do texto A- A+

Câmara arquiva processo de cassação contra vereador

Líder comunitário acusa Marcrean Santos de agredi-lo com socos, em Cuiabá

Divulgação

O vereador Macrean dos Santos; no detalhe, o líder comunitário José Carlos da Silva, que acusou agressão

O vereador Macrean dos Santos; no detalhe, o líder comunitário José Carlos da Silva, que acusou agressão

THAIZA ASSUNÇÃO
DA REDAÇÃO

A Câmara Municipal de Cuiabá arquivou o processo de cassação contra o vereador Marcrean dos Santos (PRTB), acusado de agredir o presidente da Associação de Moradores do Bairro Renascer, José Carlos da Silva, no dia 15 de agosto, nas proximidades do Córrego do Barbado, no bairro Pedregal.

 

Os parlamentares seguiram o posicionamento do relatório elaborado pela Comissão de Ética,que decidiu pela absolvição de Marcrean.

 

O relatório foi produzido pelos vereadores Ricardo Saad (PSDB), relator do processo, Toninho de Souza (PSD) e  Adevair Cabral (PDT).

 

De acordo com Saad, não ficou comprovado que o parlamentar foi o autor da agressão, nem por meio dos depoimentos que foram colhidos e nem através das provas apresentadas.

 

O relatório conclui pela inocência do vereador, pois não conseguimos reunir provas robustas que apontassem a culpabilidade de Marcrean

“O relatório conclui pela inocência do vereador, pois não conseguimos reunir provas robustas que apontassem a culpabilidade de Marcrean”, afirmou Toninho.

 

No total, quatro pessoas foram ouvidas pelo grupo. O primeiro foi presidente da associação do bairro Renascer, José Carlos.

 

Além dele, também prestaram depoimento à cmissão o ex-coronel da Polícia Militar, Willian Dias; militante do PRTB Elton dos Santos Araújo e o próprio vereador.

 

O caso 

Em um Boletim de Ocorrência, registrado na Polícia Civil, o presidente de bairro Renascer, José Carlos da Silval, relatou que a confusão começou quando servidores da Prefeitura, que estavam realizando a limpeza do bairro, jogavam aterro em uma margem do Córrego do Barbado, do lado do bairro Pedregal, onde existe uma erosão. 

Nesse momento, segundo o Silva, o vereador Marcrean Santos e o assessor dele, Elton Araújo, apareceram no local e começaram a tirar fotos. 

“O maquinista me ligou e disse que tinha algo de errado porque o vereador e o Elton estavam tirando fotos e falando que eu que tinha mandado jogar entulho no córrego”, contou. 

Após isso, conforme o presidente, ele foi até o local e questionou o vereador se tinha algo errado. 

“Ele começou e a me acusar e eu explique para ele que, no local onde estavam jogando o aterro, tem uma erosão causada pelas chuvas e que o aterro iria somente tapar o buraco. Disse também que aquilo não tinha nada a ver comigo e sim com a Prefeitura”, afirmou. 

Segundo o presidente da associação, o clima ficou tenso quando ele questionou sobre um terreno de propriedade do vereador. 

MidiaNews

Jose Carlos da Silva

José Carlos da Silva foi agredido com socos

 

"Ele construiu parte do muro dele sobre o terreno de outro vizinho, o seu Jair. Então, eu disse que seria melhor ele resolver isso do que ficar discutindo. Foi quando ele partiu pra cima de mim e me deu um soco no olho esquerdo. Daí, o Elton me empurrou e começou a me agredir e quando ele estava me agredindo o vereador veio e me deu outro soco que pegou na minha orelha”, afirmou. 

Conforme Silva, após as agressões, o vereador e o funcionário Elton fugiram do local por conta de algumas pessoas que se aproximaram para verem a confusão. 

 

“Holofotes”

 

O vereador Marcrean Santos, por sua vez, negou ter cometido qualquer tipo de agressão contra o líder comunitário.

 

"Ele quer ganhar holofotes em cima de mim. Ele quer ser candidato a vereador e está mentindo. Eu fui apartar a briga, mas não o agredi", disse.

 

Segundo Marcrean, o funcionário público Elton Araújo, da Prefeitura de Cuiabá, foi quem brigou com o presidente de bairro.

"Eles estavam rolando no chão e eu estava passando por ali, e vi a confusão. Eu só fui apartar a briga", disse.

 

Outro lado

 

O presidente José Carlos disse que a Câmara errou em absolver Marcrean.

 

Ele afirmou que a Comissão de Ética ouviu apenas as testemunhas do vereador.

 

Disse ainda que já entrou com ação na Justiça contra o parlamentar e que vai provar que ele o agrediu.

 

“Na Justiça, vamos provar a verdade”, afirmou.

 

Leia mais sobre o assunto:

 

Comissão propõe absolver vereador acusado de agressão

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Lucas Ferreira  20.11.15 08h07
Isto mostra que o corporativismo entre os vereadores e muito forte, pois eles protegem até mesmo quem cometeu um crime de agressão covarde. Por isso, que o Povo deve reivindicar uma Reforma na Política para reduzir o número de vereadores, que só representa mais despesas para os cofres públicos!
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