A Câmara Municipal de Cuiabá arquivou o processo de cassação contra o vereador Marcrean dos Santos (PRTB), acusado de agredir o presidente da Associação de Moradores do Bairro Renascer, José Carlos da Silva, no dia 15 de agosto, nas proximidades do Córrego do Barbado, no bairro Pedregal.
Os parlamentares seguiram o posicionamento do relatório elaborado pela Comissão de Ética,que decidiu pela absolvição de Marcrean.
O relatório foi produzido pelos vereadores Ricardo Saad (PSDB), relator do processo, Toninho de Souza (PSD) e Adevair Cabral (PDT).
De acordo com Saad, não ficou comprovado que o parlamentar foi o autor da agressão, nem por meio dos depoimentos que foram colhidos e nem através das provas apresentadas.
“O relatório conclui pela inocência do vereador, pois não conseguimos reunir provas robustas que apontassem a culpabilidade de Marcrean”, afirmou Toninho.
No total, quatro pessoas foram ouvidas pelo grupo. O primeiro foi presidente da associação do bairro Renascer, José Carlos.
Além dele, também prestaram depoimento à cmissão o ex-coronel da Polícia Militar, Willian Dias; militante do PRTB Elton dos Santos Araújo e o próprio vereador.
O caso
Em um Boletim de Ocorrência, registrado na Polícia Civil, o presidente de bairro Renascer, José Carlos da Silval, relatou que a confusão começou quando servidores da Prefeitura, que estavam realizando a limpeza do bairro, jogavam aterro em uma margem do Córrego do Barbado, do lado do bairro Pedregal, onde existe uma erosão.
Nesse momento, segundo o Silva, o vereador Marcrean Santos e o assessor dele, Elton Araújo, apareceram no local e começaram a tirar fotos.
“O maquinista me ligou e disse que tinha algo de errado porque o vereador e o Elton estavam tirando fotos e falando que eu que tinha mandado jogar entulho no córrego”, contou.
Após isso, conforme o presidente, ele foi até o local e questionou o vereador se tinha algo errado.
“Ele começou e a me acusar e eu explique para ele que, no local onde estavam jogando o aterro, tem uma erosão causada pelas chuvas e que o aterro iria somente tapar o buraco. Disse também que aquilo não tinha nada a ver comigo e sim com a Prefeitura”, afirmou.
Segundo o presidente da associação, o clima ficou tenso quando ele questionou sobre um terreno de propriedade do vereador.
MidiaNews
José Carlos da Silva foi agredido com socos
"Ele construiu parte do muro dele sobre o terreno de outro vizinho, o seu Jair. Então, eu disse que seria melhor ele resolver isso do que ficar discutindo. Foi quando ele partiu pra cima de mim e me deu um soco no olho esquerdo. Daí, o Elton me empurrou e começou a me agredir e quando ele estava me agredindo o vereador veio e me deu outro soco que pegou na minha orelha”, afirmou.
Conforme Silva, após as agressões, o vereador e o funcionário Elton fugiram do local por conta de algumas pessoas que se aproximaram para verem a confusão.
“Holofotes”
O vereador Marcrean Santos, por sua vez, negou ter cometido qualquer tipo de agressão contra o líder comunitário.
"Ele quer ganhar holofotes em cima de mim. Ele quer ser candidato a vereador e está mentindo. Eu fui apartar a briga, mas não o agredi", disse.
Segundo Marcrean, o funcionário público Elton Araújo, da Prefeitura de Cuiabá, foi quem brigou com o presidente de bairro.
"Eles estavam rolando no chão e eu estava passando por ali, e vi a confusão. Eu só fui apartar a briga", disse.
Outro lado
O presidente José Carlos disse que a Câmara errou em absolver Marcrean.
Ele afirmou que a Comissão de Ética ouviu apenas as testemunhas do vereador.
Disse ainda que já entrou com ação na Justiça contra o parlamentar e que vai provar que ele o agrediu.
“Na Justiça, vamos provar a verdade”, afirmou.
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1 Comentário(s).
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Lucas Ferreira 20.11.15 08h07 | ||||
Isto mostra que o corporativismo entre os vereadores e muito forte, pois eles protegem até mesmo quem cometeu um crime de agressão covarde. Por isso, que o Povo deve reivindicar uma Reforma na Política para reduzir o número de vereadores, que só representa mais despesas para os cofres públicos! | ||||
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