Cuiabá, Sábado, 11 de Outubro de 2025
ELEIÇÃO NO CAMELÔ
15.04.2025 | 11h19 Tamanho do texto A- A+

Chapa acusa atual presidente de tentar burlar processo eleitoral

Caso ocorreu na noite de segunda-feira (14), durante o registro das chapas que irão concorrer à eleição

Victor Ostetti/MidiaNews

O atual presidente da Associação dos Camelôs do Shopping Popular, Misael Galvão

O atual presidente da Associação dos Camelôs do Shopping Popular, Misael Galvão

ANGÉLICA CALLEJAS
DA REDAÇÃO

O presidente da Associação dos Camelôs do Shopping Popular, Misael Galvão, se envolveu em uma confusão durante o registro de chapas para a eleição à presidência do Shopping Popular, na noite de segunda-feira (14), e foi acusado pelo grupo adversário de manipular o processo eleitoral.

 

Ele estava desesperado no meio do corredor procurando pessoas, porque não tinha pessoas pra compor 

Ao MidiaNews, a vice-presidente da chapa adversária, a advogada Marcela Florêncio, afirmou que Misael teria colocado um funcionário do camelódromo para analisar os documentos requeridos para o registro das chapas e não foi permitido que eles acompanhassem o processo.

 

A eleição interna acontece no dia 28 de abril, e o atual mandato de Misael se encerra em 6 de maio.

 

Diante disso, ela registrou dois boletins de ocorrência, um relatando o tumulto durante a conferência dos documentos e outro contra o tesoureiro de Misael, Diego Paula Borges da Silva, por injúria e difamação, após ele supostamente ofendê-la verbalmente.

 

"Misael chegou 17h37, faltando quase 20 minutos para acabar o prazo, e pediu para eu me retirar da sala. Falei: 'Eu quero acompanhar a conferência dos seus documentos. Eu preciso ter certeza que você tem 22 pessoas na sua chapa'. Porque momentos antes, ele estava atrás de gente lá no corredor. Mas ele falou que eu não iria conferir", disse Marcela, que havia registrado sua chapa as 15h.

 

Apesar disso, ela continuou na sala, assim como alguns colegas de chapa, entre eles o candidato a presidente, Ariovaldo Mundim, conhecido como "Ari das Capas". Vídeos filmados por Marcela mostram a discussão envolvendo o tesoureiro da atual gestão, Diego da Silva. Nas imagens, é ele quem aparece proibindo que a concorrente filme a análise dos documentos.

 

"Você quer que eu rodeio aí pra filmar melhor? Por que você está levantando [os documentos]?", diz ela no vídeo. Neste momento, Diego coloca uma das mãos sobre os papéis e diz: "Você não vai filmar mais, não. Chega, chega! Ele vai fazer o serviço dele. Dá licença", diz o tesoureiro. "Você não tem obrigação nenhuma de ver documentação nenhuma aqui", continua Diego.

 

Após a discussão, o funcionário do Shopping Popular, então, coloca os papeis dentro de um envelope e vai embora com os documentos embaixo do braço. Segundo Marcela, a análise dos registros de chapa deveria ter sido realizada pela comissão eleitoral, porém não foi o que ocorreu. 


"Ele está com a máquina. Ele é presidente há 30 anos e deixou, literalmente, para última hora, porque ele não tinha pessoas pra compor a chapa dele. Ele estava desesperado no meio do corredor procurando pessoas, porque não tinha pessoas pra compor. Está muito desfazada a presidência dele. As pessoas não querem", afirmou a advogada.

 

"A gente só queria ter certeza que estava tudo certo. Para que que ele criou esse rolo todo? No mínimo, porque estava faltando documento. E aí, o funcionário da associação colocou os documentos dele numa pasta, grampeou, e saiu correndo para a gente não conferir. Ele não estava com todos os documentos. A chapa dele seria indeferida, e por isso ele criou todo esse tumulto".

 

Sem prestação de contas

 

Ainda segundo Marcela, Misael não entregou a prestação de contas de sua última gestão, apesar de ela, por várias vezes, ter requerido a documentação. A ausência desse processo, por si só, infringe as regras e pode resultar na impugnação da chapa dele, disse a advogada.

 

"Eu pedi desde novembro [a prestação de contas]. Ele ficou me enrolando, e abriu o processo eleitoral sem prestar conta do mandato anterior. Pedi pra ele abrir as contas, porque o estatuto prevê que todo associado pode ter acesso ao caixa, mas ele me entregou só os relatórios financeiros de setembro, outubro e novembro, de quando não tinha movimentação por causa do incêndio".

   

"Ele tinha que prestar contas antes para poder sair candidato. Não só podemos como vamos, judicializar isso. Ele com certeza vai querer esperar passar as eleições para poder fazer essa prestação de contas. Não é a primeira vez que o povo se revolta contra ele".

 

"Ele vem recebendo dos associados, do condomínio, há 30 anos. Durante 30 anos ele nunca guardou um real? A gente já protocolou para investigar isso, estamos batendo em cima disso já tem um tempo, e agora vamos ter que ver o que acontece", completou.

 

Veja os vídeos:

 

 

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Ronaldo Acosta  15.04.25 12h06
Boa tarde! Esse camarada não deve mais estar ai, como presidente. Acabando com a auto estima dos comerciantes. E dando fim em todos os seus investimentos. Depois de tudo que aconteceu, esse camarada era para ter vergonha na cara, e sumir daí.
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