Em janeiro deve ser conhecida a cidade que vai sediar os Jogos Mundiais dos Povos Indígenas. Hoje, seis cidades estão na disputa: Palmas (TO), Cuiabá (MT), Bertioga (SP), Petrópolis (RJ), Guarujá (SP) e Rio de Janeiro (RJ). Os critérios para a escolha serão definidos pelo Instituto Intertribal Memória e Ciência Indígena em reunião a ser realizada com o Ministério dos Esportes.
Marcos Terena, que coordena a 12ª edição dos Jogos dos Povos Indígenas, que se realizam em Cuiabá (de 08 a 16 de novembro), diz que os jogos mundiais estão programados para 2015, no Brasil, e devem reunir etnias de 56 países, onde se falam 5 mil línguas indígenas diferentes. O mês escolhido é o de julho, quando as temperaturas são mais amenas no Brasil. "Estamos levando em consideração também o fato de contarmos com a presença de etnias que vivem em países de temperaturas baixas e que teriam dificuldades de se adaptar ao nosso clima", disse ele.
Ele acredita que, além das seis cidades que já se candidataram em sediar os jogos mundiais, outras deverão apresentar propostas até janeiro.
Nesta quarta-feira (13.11), as lideranças indígenas apresentaram ao ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, a "Declaração de Mato Grosso", onde constam cinco itens de reivindicação, como o respeito mútuo e à auto-determinação dos povos.
O ministro disse que os jogos dos povos indígenas não devem ser apenas um grande momento para as etnias, mas para o Brasil e o mundo. Para ele, esses povos, sua memória, cultura, história, arte e relação com a natureza fazem parte da formação da sociedade brasileira e devem ser preservados. "Eles nos ensinam que a felicidade humana não se reduz às regras do mercado", disse ele.
Logo em seguida, o ministro, o governador Silval Barbosa, o secretário de Esportes de MT, Ananias Martins, o deputado Wellington Fagundes e outras autoridades receberam homenagens pelo trabalho em prol da realização dos jogos, que se encerram neste sábado. "A homenagem que fizemos não são uma condecoração, mas um reconhecimento", disse Marcos Terena.