Cuiabá, Terça-Feira, 9 de Setembro de 2025
CRISE NA PANDEMIA
22.07.2020 | 09h35 Tamanho do texto A- A+

Com 39% de evasão, 25 escolas particulares já fecharam em MT

Sindicato diz que inadimplência chega a 44% no Estado; educação infantil é a mais afetada

Reprodução

O presidente do Sinep, Gelson Menegatti, que pede a reabertura

O presidente do Sinep, Gelson Menegatti, que pede a reabertura

BIANCA FUJIMORI
DA REDAÇÃO

De portas fechadas desde o final de março por conta da pandemia de coronavírus, as escolas particulares de Mato Grosso se deparam com sérios problemas financeiros e até falência. Vinte e cinco unidades no Estado já fecharam nesses quatro meses.

 

Ao todo, foram 10 no interior e 15 na Região Metropolitana de Cuiabá que fecharam de vez.

 

Um dos fatores para isso, segundo presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino de Mato Grosso (Sinepe), Gelson Menegatti, é a evasão de alunos, que chega a 39,2%.

 

Outro problema enfrentado pelas instituições de ensino é a inadimplência de 44%.

 

“Está muito crítica a situação, muito difícil. Se as escolas não abrirem, além das 10 que já fecharam no interior e mais 15 na Região Metropolitana, vamos ter três vezes mais esse número de fechamento”, afirmou Menegatti.

 

Além disso, essa crise também fez com que a taxa de demissão no setor chegasse a 8,6%.

 

Somado todos esses problemas, Gelson projeta que mais escolas poderão fechar definitivamente em breve. Sendo que as mais afetadas são as de educação infantil, onde algumas unidades tiveram até 100% de evasão.

 

“O desemprego dentro da escola já está em 8,6% e com 44% de pessoas não pagando e mais 39,23% de evasão dos alunos, eu não sei qual vai ser o futuro. A tendência é quanto mais tempo ficar fechado, mais escolas estarão fechadas e demitindo sem condições de pagar as rescisões”, disse.

 

Menegatti apontou ainda que as instituições estão se esforçando para se manterem ativas, ofertando aulas não presenciais e até descontos na mensalidade. Porém, ele afirmou que a única solução é reabrir.

 

“Precisamos abrir urgente as escolas particulares, se não vai quebrar todo o segmento e a escola particular é um dos maiores empregadores do estado”, alertou.

 

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COMENTÁRIOS
11 Comentário(s).

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Raquel  23.07.20 11h05
Considerando que todos estão passando por uma crise sem precedentes, as escolas particulares se negam a negociar desconto nas mensalidades, sendo as maiores culpadas pela situação relatada na matéria. Quem sabe se agissem com mais flexibilidade e empatia, não haveria tanta inadimplência e cancelamento de matrícula.
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CARLOS CULTURATO  23.07.20 09h22
Sou prova da falta de censo de negócio das escolas. Tentei, liguei, mandei zap, mandei instagram, e mal me respondiam. Eu queria continuar, mas dentro da nova realidade, e a escola nem tchum! Ora.... quanto representa a energia, material de limpeza, reorganização dos salarios, quanto isso poderia ser abatido e renegociado para os pais? Zero de informação!! No momento que todo mundo precisava conversar, a escola precisava ouvir, negociar, renegociar, não o fizeram. Agora está ai o resultado. Mostra como o segmento ganhava dinheiro "fácil", as melhores podiam colocar o preço que quisessem que os pais pagavam, tinham filas de alunos, e nunca se preocuparam em negociar. Fica o aprendizado.
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Cassia Patricia  22.07.20 19h25
Sou super a favor da volta as aulas. E nem venham por aqui com comentarios mimimi de que "vida em 1°lugar". Cada um q fique com seu conceito de vida. No meu, ir a escola nao fere o direito a vida. Que larguem o que a midia implanta nos cérebros dos sofazistas e vejam a grande consequencia negativa que esta quarentena esta causando na vida de milhares de familias.
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Ricardo  22.07.20 17h28
morto não paga mensalidade.
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Jose Ricardo  22.07.20 17h27
Aqui se planta, aqui se colhe, quantos pais de familia não foram em busca de acordo, de desconto em mensalidades, enfim.... está dificil para todos.... as escolas sao irredutíveis, concedem 5% de desconto e fecha o dialogo, esta ai o resutado, pais tirando filhos do ano letivo, quem muito quer, nada tem, preferem perder alunos ao inves de negociar mensalidades
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