De portas fechadas desde o final de março por conta da pandemia de coronavírus, as escolas particulares de Mato Grosso se deparam com sérios problemas financeiros e até falência. Vinte e cinco unidades no Estado já fecharam nesses quatro meses.
Ao todo, foram 10 no interior e 15 na Região Metropolitana de Cuiabá que fecharam de vez.
Um dos fatores para isso, segundo presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino de Mato Grosso (Sinepe), Gelson Menegatti, é a evasão de alunos, que chega a 39,2%.
Outro problema enfrentado pelas instituições de ensino é a inadimplência de 44%.
“Está muito crítica a situação, muito difícil. Se as escolas não abrirem, além das 10 que já fecharam no interior e mais 15 na Região Metropolitana, vamos ter três vezes mais esse número de fechamento”, afirmou Menegatti.
Além disso, essa crise também fez com que a taxa de demissão no setor chegasse a 8,6%.
Somado todos esses problemas, Gelson projeta que mais escolas poderão fechar definitivamente em breve. Sendo que as mais afetadas são as de educação infantil, onde algumas unidades tiveram até 100% de evasão.
“O desemprego dentro da escola já está em 8,6% e com 44% de pessoas não pagando e mais 39,23% de evasão dos alunos, eu não sei qual vai ser o futuro. A tendência é quanto mais tempo ficar fechado, mais escolas estarão fechadas e demitindo sem condições de pagar as rescisões”, disse.
Menegatti apontou ainda que as instituições estão se esforçando para se manterem ativas, ofertando aulas não presenciais e até descontos na mensalidade. Porém, ele afirmou que a única solução é reabrir.
“Precisamos abrir urgente as escolas particulares, se não vai quebrar todo o segmento e a escola particular é um dos maiores empregadores do estado”, alertou.
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11 Comentário(s).
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Raquel 23.07.20 11h05 | ||||
Considerando que todos estão passando por uma crise sem precedentes, as escolas particulares se negam a negociar desconto nas mensalidades, sendo as maiores culpadas pela situação relatada na matéria. Quem sabe se agissem com mais flexibilidade e empatia, não haveria tanta inadimplência e cancelamento de matrícula. | ||||
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CARLOS CULTURATO 23.07.20 09h22 | ||||
Sou prova da falta de censo de negócio das escolas. Tentei, liguei, mandei zap, mandei instagram, e mal me respondiam. Eu queria continuar, mas dentro da nova realidade, e a escola nem tchum! Ora.... quanto representa a energia, material de limpeza, reorganização dos salarios, quanto isso poderia ser abatido e renegociado para os pais? Zero de informação!! No momento que todo mundo precisava conversar, a escola precisava ouvir, negociar, renegociar, não o fizeram. Agora está ai o resultado. Mostra como o segmento ganhava dinheiro "fácil", as melhores podiam colocar o preço que quisessem que os pais pagavam, tinham filas de alunos, e nunca se preocuparam em negociar. Fica o aprendizado. | ||||
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Cassia Patricia 22.07.20 19h25 | ||||
Sou super a favor da volta as aulas. E nem venham por aqui com comentarios mimimi de que "vida em 1°lugar". Cada um q fique com seu conceito de vida. No meu, ir a escola nao fere o direito a vida. Que larguem o que a midia implanta nos cérebros dos sofazistas e vejam a grande consequencia negativa que esta quarentena esta causando na vida de milhares de familias. | ||||
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Ricardo 22.07.20 17h28 | ||||
morto não paga mensalidade. | ||||
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Jose Ricardo 22.07.20 17h27 | ||||
Aqui se planta, aqui se colhe, quantos pais de familia não foram em busca de acordo, de desconto em mensalidades, enfim.... está dificil para todos.... as escolas sao irredutíveis, concedem 5% de desconto e fecha o dialogo, esta ai o resutado, pais tirando filhos do ano letivo, quem muito quer, nada tem, preferem perder alunos ao inves de negociar mensalidades | ||||
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