Cuiabá, Quarta-Feira, 26 de Novembro de 2025
ELEIÇÃO NA FMF
16.03.2017 | 09h05 Tamanho do texto A- A+

Comissão Eleitoral indefere candidatura de Aron Dresch

Candidato opositor ainda poderá receber votos no pleito, que está sendo realizado nesta quinta-feira (16)

Reprodução

O candidato a presidência da Federação Mato-grossense de Futebol, Aron Dresch

O candidato a presidência da Federação Mato-grossense de Futebol, Aron Dresch

ÉRIKA OLIVEIRA
DA REDAÇÃO

A Comissão Eleitoral da Federação Mato-grossense de Futebol (FMF) impugnou a chapa do empresário Aron Dresch, que concorre a presidente da entidade.

 

Mesmo com a impugnação, Aron – que é presidente do Cuiabá Esporte Clube - poderá ser votado normalmente no pleito que ocorre nesta quinta-feira (16).

 

O ato de impugnação atendeu a um pedido do atual presidente, João Carlos Oliveira, candidato a reeleição, por entender que a chapa de Aron teria cinco assinaturas inválidas, o que faria com que ele não possua o número de assinaturas suficientes para registrar a chapa.

 

A chapa de Aron também é formada pelo presidente do Sinop, Agnaldo Turra, o diretor do Mixto, Márcio Pardal, o diretor do Cacerense, Márcio Lacerda, e o presidente da Liga Amadora de Nova Bandeirantes, Sandro Silva.

 

Em meio a críticas à atual gestão, que incluiu também um pedido de impugnação da chapa “Avanço com Equilíbrio”, encabeçada por João Carlos Oliveira, o empresário afirmou em entrevista ao MidiaNews que possuía pelo menos 21 votos do total de 38 possíveis.

 

Sem resposta

Nos mandaram ontem as informações pela metade, com data retroativa, o que é um absurdo

 

A assessoria jurídica de Aron criticou a decisão e reclamou sobre o fato de no dia 07 de março ter protocolado um pedido de cópia com data do protocolo de registro da chapa encabeçada por João Carlos, com a relação de todos os integrantes.

 

A assessoria também solicitou informações ou cópia do regulamento disciplinando de como deveria ser realizado o pleito e questionou se a comissão eleitoral não iria realizar uma reunião com as chapas participantes, para definir o regulamento da eleição.

 

Além disso, havia uma incerteza sobre qual a data limite para as chapas eventualmente substituírem alguns de seus integrantes.

 

“Nos mandaram ontem as informações pela metade, com data retroativa, o que é um absurdo”, disse Aron.

 

Decisão polêmica

 

O empresário destacou, ainda, que a comissão eleitoral ignorou o pedido de impugnação de João Carlos.

 

Conforme Aron, a chapa do atual presidente omitiu a assinatura de dez membros da chapa dele, no ato de inscrição.

 

Um dos membros, segundo Aron, pediu a retirada do nome da chapa de João Carlos, após ter descoberto que tinha sido incluído.

 

No entanto, a Comissão afirmou que não havia indícios de irregularidades na candidatura de João Carlos e subscreveu na decisão que o pedido de impugnação contra a chapa do atual presidente era uma tentativa de indução ao erro.

 

“A Comissão Eleitoral, deu prazo para o atual presidente trocar o membro da chapa dele, porém indeferiu diretamente a chapa do Aron sem chance de se trocar, é de se causar estranheza”, declarou o advogado Maurício Castilho Soares, que faz parte da defesa de Aron.

 

Eleição mantida

 

Marcus Mesquita/MidiaNews

Ussiel Tavares

O advogado Ussiel Tavares, que havia pedido a anulação da eleição

Na última quinta-feira (16) a desembargadora Clarice Claudino da Silva, da 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, derrubou a decisão liminar (provisória) que havia determinado o cancelamento da eleição que irá eleger a nova diretoria da FMF.

 

Com a decisão, fica mantida a realização do pleito nesta quinta-feira.

 

A eleição havia sido suspensa na semana passada pelo juiz Yale Sabo Mendes, da 7ª Vara Cível de Cuiabá, atendendo a um pedido do advogado Ussiel Tavares, que havia tido a inscrição barrada na eleição.

 

Na ação, o advogado Ussiel Tavares alegou que a eleição na FMF estava ocorrendo “ao arrepio das regras estatutárias da federação”.

 

Segundo Ussiel, que é ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso (OAB-MT), o edital para a eleição continha duas irregularidades graves.

 

Após a decisão da desembargadora, o advogado Ussiel Tavares, que havia proposto o pedido de anulação da eleição, afirmou que a magistrada foi “induzida ao erro” em seu veredito.

 

“A decisão validou tudo o que foi feito até agora, o que me deixou muito incomodado. O próprio João Carlos assumiu que fez uma manobra. Eu sei que a desembargadora é uma pessoa séria, mas acho que ela pode ter sido induzida ao erro de alguma forma”, declarou Tavares.

 

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