Cuiabá, Quarta-Feira, 10 de Dezembro de 2025
SETOR FLORESTAL
10.12.2025 | 10h48 Tamanho do texto A- A+

Conselho aprova curso da Unemat e regulamenta linhas de crédito do Desenvolve Floresta

Curso de Silvicultura é validado com recomendação de oferta híbrida, enquanto linhas de financiamento ganham regras definitivas para impulsionar o setor em 2026

Assessoria/Sedec

Ilustração

DA REDAÇÃO

O Conselho Gestor do Desenvolve Floresta aprovou, nesta terça-feira (9.12), o projeto da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) para criação do curso superior de Tecnologia em Silvicultura no município de Alto Araguaia.

 

A iniciativa, orçada em R$ 897.502,38 prevê a formação de 50 profissionais especializados para atender à crescente demanda da cadeia florestal no estado.

 

 

A proposta recebeu parecer favorável da relatora da Secretaria de Meio Ambiente (Sema-MT) no Conselho, Tatiana Paula Marques de Arruda, que destacou a relevância do curso para o desenvolvimento regional.

 

Apesar da aprovação unânime, conselheiros ponderaram sobre o risco de baixa procura em razão do modelo exclusivamente presencial.

 

 

Representantes do setor produtivo como o Cipem lembraram que cursos florestais semelhantes, no interior, registraram queda de matrículas nos últimos anos e sugeriram que a Unemat avalie formatos híbridos ou online para ampliar o alcance da formação.

 

O conselho aprovou o projeto com a recomendação de que a universidade considere alternativas de oferta.

 

 

Além da expansão educacional, o Conselho validou o Regulamento das Linhas de Crédito do Desenvolve Floresta. O documento estabelece taxas de juros diferenciadas, prazos ajustados ao ciclo de produção, prioridades territoriais e limites de aplicação para custeio e investimento.

 

 

As linhas contemplam desde implantação de viveiros e recuperação de áreas degradadas até manejo florestal sustentável, produção de biomassa, plantios comerciais e projetos com espécies nativas.

 

 

As taxas variam entre 6% e 7% ao ano para operações de investimento com custeio associado, e entre 7% e 8% ao ano para custeio dissociado.

 

Gastos com pessoal, despesas administrativas e itens que não agregam ao ciclo produtivo terão limites ou proibições específicas, enquanto despesas pré-operacionais poderão ser incorporadas sob determinadas condições. Cada beneficiário terá limite global de R$ 5 milhões, sempre com acompanhamento técnico obrigatório.

 

 

O regulamento também define regiões prioritárias para financiamento, especialmente municípios em um raio de até 200 quilômetros das indústrias florestais, como Sorriso, Sinop e Alto Floresta, que são áreas estratégicas para ampliar a base produtiva, fortalecer o manejo sustentável e impulsionar exportações do setor.

 

 

Para a secretária adjunta de Agronegócios, Crédito e Energia da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Linacis Silva Vogel Lisboa, a aprovação do curso Técnico em Silvicultura e a definição das novas linhas de crédito fortalecem a política florestal que Mato Grosso vem construindo.

 

 

“Ao mesmo tempo em que ampliamos a qualificação profissional, criamos instrumentos de financiamento mais eficientes e aderentes à realidade do setor. Nosso objetivo é garantir segurança, previsibilidade e competitividade para quem produz, estimulando investimentos sustentáveis e formando a mão de obra que o mercado já demanda. O Desenvolve Floresta consolida hoje um ciclo integrado de educação, crédito e inovação que impulsiona o desenvolvimento regional e prepara o estado para um novo patamar de crescimento”.

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