Recursos obtidos com a venda de materiais oriundos da demolição da antiga sede da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT), na ordem de R$ 103,4 mil, foram utilizados para aquisição de equipamentos de informática destinados ao Hospital de Câncer, em Cuiabá.
A doação, formalizada nesta terça-feira (9.12), foi viabilizada por meio de uma parceria com a empresa EcoDescarte, especializada em reciclagem.
De acordo com a secretária de Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, a iniciativa buscou assegurar a conversão de um passivo estrutural em ativo socioambiental, já que parte considerável dos materiais oriundos da obra de reforma possuía valor econômico agregado.
“Quando identificamos que teríamos esse recurso, indiscutivelmente decidimos que a melhor destinação seria ao Hospital de Câncer. Reconhecemos o papel essencial que esta unidade de saúde exerce no atendimento aos pacientes oncológicos que não possuem condições financeiras de arcar com um tratamento tão difícil e oneroso”, destacou a secretária.
Conforme o gerente de Obras da Sema, Vinícius de Amorim Mendiola, os resíduos da obra de reforma foram submetidos a rigoroso processo de triagem, beneficiamento e destinação ambientalmente adequada.
Ao todo, foram separados e destinados 7.004,10 kg de resíduos recicláveis, com destaque para os materiais de maior representatividade técnica e econômica.
Entre eles, 3.621 kg de cabos elétricos de 180 mm, correspondentes a aproximadamente 51,7% do volume total, e 1.883 kg de cabos de rede e telecomunicação, equivalentes a cerca de 26,8% do total recolhido, além de perfis de alumínio provenientes de esquadrias e demais componentes metálicos e eletroeletrônicos.
“Com os recursos financeiros arrecadados, o Hospital de Câncer indicou os equipamentos considerados prioritários para o fortalecimento de sua capacidade operacional. A empresa EcoDescarte ficou responsável pela aquisição dos bens, resultando na entrega de 21 conjuntos de equipamentos de informática e um equipamento de infraestrutura de rede (switch), ampliando a eficiência dos fluxos assistenciais e administrativos da instituição”, explicou o gerente.
Segundo ele, todo o processo foi formalmente instruído, registrado e auditável por meio de procedimento administrativo no sistema Sigadoc, assegurando transparência, rastreabilidade e conformidade com os princípios da administração pública e da governança ambiental.
O diretor-presidente do Hospital de Câncer, Laudemi Moreira Nogueira, destacou a importância da destinação.
“Esse ano nós vamos fechar com mais de 260 mil atendimentos. Esse apoio que recebemos é muito importante. A remuneração do Sistema Único de Saúde (SUS) pelos serviços prestados não cobre a totalidade dos custos de um hospital de alta complexidade”, afirmou.
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