Cuiabá reforça rede de atenção à saúde mental com novos leitos de internação e CAPS fortalecido

No Dia Mundial da Saúde Mental, celebrado em 10 de outubro, a Prefeitura de Cuiabá destaca os avanços na atenção à saúde mental da população, com ações que reforçam o cuidado humanizado, em liberdade e de base comunitária.

A Secretaria Municipal de Saúde tem desenvolvido uma série de iniciativas que ampliam a assistência às pessoas em sofrimento psíquico, entre elas a recente implantação de leitos exclusivos para internação psiquiátrica no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), uma conquista aguardada há duas décadas.

São seis leitos, três femininos e três masculinos, voltados para a estabilização de pacientes em crise aguda, integrados à Rede de Atenção Psicossocial (RAPS).

O modelo garante atendimento rápido e articulado com os demais serviços da rede, como Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), Atenção Básica e, especialmente, os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), que desempenham papel central no acompanhamento contínuo e na reinserção social dos usuários.

Segundo a secretária municipal de Saúde, Danielle Carmona, a data é um convite à reflexão e à valorização da saúde mental como parte essencial do bem-estar coletivo.

“O Dia Mundial da Saúde Mental reforça o compromisso de olhar para essa área com sensibilidade e responsabilidade. Estamos estruturando uma rede mais acolhedora, que respeita o sofrimento das pessoas e oferece cuidado integral, sem estigmas ou exclusões”, destacou.

A implantação dos novos leitos segue as diretrizes da Política Nacional de Saúde Mental e da Portaria nº 3.088/2011, que instituíram a RAPS como modelo substitutivo ao antigo sistema manicomial.

A proposta prioriza o cuidado em liberdade, próximo à comunidade, evitando internações prolongadas e garantindo o acompanhamento do paciente em todas as etapas do tratamento.

Com a nova estrutura, Cuiabá passa a oferecer um modelo mais resolutivo e humano, fortalecendo a articulação entre os serviços e reduzindo a sobrecarga de hospitais especializados.

“O cuidado não termina com a alta hospitalar. Ele continua na rede, com o acompanhamento nos CAPS e nas equipes de saúde da família. Esse é o verdadeiro sentido de uma política pública de saúde mental: acolher, tratar e devolver dignidade”, concluiu Danielle Carmona.