Izabelle Dantas

O que tinha tudo para ser uma cena de novela ou roteiro de um filme tornou-se a história real da cuiabana Izabelle Dantas: em um passeio no shopping, acompanhada de sua mãe, ela chamou a atenção de um olheiro que a convidou para um workshop de modelos na Capital. Passados três anos, a então adolescente - na época muito tímida e reservada – agora faz trabalhos ao redor do mundo.
As fotos da cuiabana de 18 anos hoje estão estampadas em revistas como a Marie Claire, na Grécia, a Cosmopolitan, da França, e a Ilustrada, de Dubai, por exemplo.
“Tudo começou em 2015, quando estava andando no shopping com minha mãe. O cara me parou e quis saber se eu era modelo. Achei meio estranho. Ele disse que era um agente e me perguntou se eu queria fazer o workshop. Eu disse que não, porque não sabia como funcionava e realmente eu não queria porque eu era muito, muito tímida”, conta a modelo.
Foi a mãe de Izabelle, Francelucia Dantas, quem a incentivou a fazer aquele curso, que duraria uma semana. De início elas levaram tudo meio que na brincadeira, como a própria modelo relata. Àquela altura, nem passava pela cabeça de ambas o que viria pela frente.
Segundo Izabelle, a mãe disse que o workshop seria interessante para que ela pudesse melhorar sua postura. Com 1,79m de altura, ela conta que era um pouco ‘corcunda’ e foi esse o pretexto usado pela mãe para que a filha topasse a “missão”.
Ao final do curso, Izabelle fez seu primeiro "book". Ainda em Cuiabá, ela posou para as lentes do fotógrafo Murilo Lorenzoni. Os cliques foram encaminhados para o scouter (caça-talento) Jocler Turmina, de São Paulo, que está à frente da agência Map, com quem a modelo trabalha até hoje.
“Como era muito nova – ainda com 15 anos - eu não podia ir para São Paulo, não podia viajar e então deixei o trabalho um pouco de lado e continuei estudando. No final de 2016, o Jocler veio para Cuiabá e disse que abriria uma agência da Map aqui”, disse a modelo.
Foi aí que começou a preparação de Izabelle para o mundo da moda. “2017 foi um ano de preparação de verdade. Cuidei do meu corpo, das minhas medidas, da minha pele. Até que ele falou que uma scouter de Nova York iria para Cuiabá. Fiz o casting [seleção de profissionais], ela amou e fui agenciada para Nova York”.
Nova York foi o pontapé na carreira internacional de Izabelle. Lá ela ficou dez dias fazendo os primeiros trabalhos como modelo e daí não parou mais. Desde então, passou a ser clicada em diferentes cidades do planeta.
No Instagram da modelo – que está passando uma temporada em Dubai – há fotos em cidades da Grécia, Turquia, Itália, Espanha e de outros países.
“Espeto” e “Olívia Palito”
Izabelle se recorda dos tempos de estudos no ICE (Instituto Cuiabano de Educação), época em que ela recebia apelidos nada carinhosos dos colegas de classe.
“Me chamavam de ‘Olívia Palito’, de ‘Espeto’, aqueles apelidos ofensivos como sempre. Mas eu não me importava muito”, conta.
A mãe de Izabelle também relata alguns desses episódios. Segundo ela, a filha - que algumas vezes também era chamada de "Girafinha" - se sentia incomodada com sua altura.
“Dizia que ela era bonita, mas ela não gostava de ser alta, ficava muito envergonha, porque sempre foi maior que as amigas. Ela começou a querer se esconder, queria ficar do tamanho das outras e aí que foi ‘entortando a coluna’”, lembra a mãe.
Do tênis para o salto
Ao MidiaNews, France – como é chamada a mãe da modelo – diz que no começo também não levou o “projeto modelo” muito a sério.
“Eu a incentivei mais por conta da questão da postura, por querer que ela se sentisse bonita, se sentisse bem. A Izabelle era de jogar vôlei, não era chegada no salto alto”, brinca a mãe.
Ela também não esconde que teve receio quando a “coisa foi tomando forma”, especialmente pelo fato de Izabelle ser filha única e “grudada” com a mãe.
“Acompanhei cada passo, desde quando achávamos que era brincadeira, até ela fazer a primeira viagem. E continua assim, mesmo daqui de Cuiabá, falo com ela todos os dias e estou sempre de olho no que ela está fazendo”.
Mais que uma mudança profissional, France diz que a carreira de modelo foi fundamental para uma transformação pessoal em Izabelle.
A filha, que antes era um pouco indisciplinada, passou a ser uma adolescente extremamente focada.
“Ela sempre começava cursos e não terminava, meio que não levava a sério. Mas eu vi uma mudança na postura dela. A Izabelle passou a estudar de verdade para ser uma modelo, retomou pra valer as aulas de inglês, passou a ter cuidado com sua saúde e tem feito tudo para se estabelecer como uma profissional de verdade e encara os trabalhos com muita responsabilidade”, afirmou a mãe orgulhosa.
Promessa
Passando uma temporada em Dubai há quase dois meses, Izabelle volta para o Brasil em novembro e ficará trabalhando em São Paulo.
Em janeiro, ela embarca para Paris e depois segue para Londres e Nova York.
“Não estou namorando e pretendo retomar meus estudos daqui um tempo. Neste momento, estou focada realmente na minha carreira”, diz a modelo.
Ao menos por ora, ela prefere não falar sobre o dinheiro que tem ganhado com a profissão.
“Acompanho os trabalhos dela, os relatórios que a agência faz, participo das reuniões e fico muito orgulhosa por ver que ela está sendo apontada como uma promessa da agência, uma promessa da carreira”, diz a mãe.
“Ela está feliz, ao lado de pessoas corretas, no momento certo e acredito que essa é carreira que ela vai seguir. Oficialmente, como modelo, ela tem um ano e já virou praticamente nosso Brasil lá fora. Ela tem encarado tudo com força, com responsabilidade. Ela não está brincando, a Izabelle fez do mundo da moda sua formação profissional”.
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1 Comentário(s).
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celso leocádio da rosa 23.10.18 08h58 | ||||
Muita bonita, tem tudo pra ser uma grande modelo internacionalmente falando. | ||||
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