Cuiabá, Segunda-Feira, 8 de Setembro de 2025
ALVO DA DECON; VEJA
08.09.2025 | 16h00 Tamanho do texto A- A+

Empresária diz que interdição de clínica em Cuiabá foi “abusiva”

Jaqueline Mayer contesta acusações da Decon; interdição teria ocorrido por uma série de irregularidades

Reprodução

A empresária Jaqueline Mayer, proprietária da clínica interditada em Cuiabá

A empresária Jaqueline Mayer, proprietária da clínica interditada em Cuiabá

PIETRA NÓBREGA
DA REDAÇÃO

A empresária Jaqueline Mayer, que teve a clínica estética alvo da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon) de Cuiabá, na última sexta-feira (5), classificou como "absurdo e abusivo" a interdição do estabelecimento.

 

Foi um absurdo, tem outros profissionais lá dentro atendendo e não havia essa necessidade de interdição. De fato foi um abuso

Nas redes sociais, na manhã desta segunda-feira (8), a proprietária da Jaqueline Mayer Clinic divulgou diversos vídeos e publicou uma nota de esclarecimento.

 

"Foi um absurdo, tem outros profissionais lá dentro atendendo e não havia essa necessidade de interdição. De fato foi um abuso. Mas o nosso jurídico já está tomando todas as medidas", disse ela.

 

A interdição da clínica, localizada no bairro Duque de Caxias, se deu, segundo a Polícia, porque funcionava sem alvará. A proprietária do local, segundo a Decon, também atuava com procedimentos invasivos, privativos de realização por médicos. Ela, como esteticista, não poderia realizar. Os fiscais constataram, ainda, a falta de uma Central de Materiais e Esterilização (CME), com a limpeza dos equipamentos sendo feita apenas com detergente enzimático.

 

Mayer rebateu as acusações e disse que os alvarás já estavam encaminhados para regularização. "Estávamos com todos os alvarás encaminhando. Tínhamos o alvará de funcionamento da clínica, tinha habilitação para todos os profissionais já estarem exercendo".

 

Já sobre a apreensão de produtos com validade vencida, a empresária disse que todos estavam dentro do prazo, mas que não sabia da necessidade de descarte dos produtos após 30 dias de sua abertura.

 

"A clinica não é um comércio de medicamentos, é uma clinica de estética. Não era do nosso conhecimento. Um cosmético, seja ele limpeza de pele, máscara, emoliente, tem ali a sua data de vencimento de fabricação. Após aberto, só tem validade de 30 dias. E ai fizeram todo esse recolhimento. Porque tem que fazer uma rotulagem após a abertura e eu acredito que 90% das clinicas de Cuiabá não sabem disso", afirmou.

 

Quanto à acusação mais grave, o exercício ilegal da medicina, a empresária negou, em nota, prática de atos ilegais ou irregulares dentro da clínica. 

 

"O uso do termo 'cirurgia' ou a associação de procedimentos minimamente invasivos, como o ultrassom de alta frequência, a atos médicos privativos, é equivocado e não condiz com a legislação vigente".

 

Uso de detergente

 

Outra acusação polêmica da Decon foi quanto ao fato da empresa não possuir Central de Materiais e Esterilização (CME), sendo a limpeza dos equipamentos realizada apenas com detergente enzimático.

 

"A única coisa onde que é usado um detergente que é enzimático é para as ponteiras que no caso somente são para fazer os procedimentos da parte íntima, que é feito por uma empresa externa assim como o recolhimento dos resíduos. Então de fato não tem uma cabine ou uma sala especializda para isso, pois já é feito por uma empresa terceirizada", disse ela.

  

Leia nota na íntegra:

 

"A respeito das recentes publicações que vêm circulando na mídia sobre a clínica, cumpre esclarecer:

 

As informações divulgadas são sensacionalistas e não retratam a realidade dos fatos. Estão sendo reproduzidas de forma distorcida, trazendo confusão e insegurança para o público.

 

Todas as medidas legais e sanitárias já estão sendo tomadas.

 

Ressaltamos que não houve prática de atos ilegais ou irregulares dentro da clínica, e que todos os procedimentos seguem protocolos técnicos e de biossegurança.

 

O uso do termo “cirurgia” ou a associação de procedimentos minimamente invasivos, como o ultrassom de alta frequência, a atos médicos privativos, é equivocado e não condiz com a legislação vigente.

 

Informamos ainda que serão adotadas as medidas judiciais cabíveis contra as publicações falsas ou difamatórias, a fim de resguardar a honra e a reputação da clínica e de suas profissionais.

 

Pedimos a compreensão de todos os clientes e parceiros, reafirmando nosso compromisso com a ética, a saúde e a segurança em todos os atendimentos.

 

Mariane Teodoro Salles  

 

OAB/SP 355.386"

 

Veja o vídeo:

 

 

Leia mais sobre o assunto:

 

PJC: esteticista agia como médica e limpava aparelho com detergente

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