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06.06.2017 | 16h25 Tamanho do texto A- A+

Esposa defende Zaqueu e diz que processo judicial é “midiático”

Ex-comandante da PM foi preso suspeito de participar de um esquema de escutas ilegais

Divulgação

O ex-comandante da PM, coronel Zaqueu Barbosa e a esposa Cintia Selhorst

O ex-comandante da PM, coronel Zaqueu Barbosa e a esposa Cintia Selhorst

THAIZA ASSUNÇÃO
DA REDAÇÃO

A servidora estadual Cintia Selhorst, esposa do ex-comandante da Polícia Militar, coronel Zaqueu Barbosa, afirmou que a prisão do marido não tem nenhum fundamento e foi decretada por um “processo midiático”.

 

Zaqueu é acusado de participar de um suposto esquema de escutas telefônicas ilegais feitas pela Polícia Militar de Mato Grosso, sob a conivência do Palácio Paiaguás. 

 

Ele foi preso no último dia 23 de maio e está detido no Batalhão de Operações Especiais (Bope). No mesmo dia, também foi preso o cabo Gerson Ferreira Correia Júnior.

 

“Queria muito que vocês tivessem acesso ao processo. Mas está sob sigilo. Nos três primeiros volumes da denúncia só tem o que já foi noticiado na mídia. 
É um processo midiático. Literalmente. Tudo o que saiu na mídia está lá”, publicou Cintia na sua conta no Facebook.

Queria muito que vocês tivessem acesso ao processo. Mas está sob sigilo. Nos três primeiros volumes da denúncia só tem o que já foi noticiado na mídia. É um processo midiático. Literalmente. Tudo o que saiu na mídia está lá

 

Ela declarou que no processo não consta nenhuma prova contra o ex-comandante.

 

“Onde aparece o nome de Zaqueu para supor que seja o mandante de escutas de civis? Em lugar nenhum. O nome de Zaqueu não é citado em lugar algum. Simples assim.Nenhum documento assinado por ele, nenhuma nota fiscal, nenhum pedido de nada no nome dele. Simplesmente não se acha o nome de Zaqueu em nada, nenhum documento”, disse.

 

“Daí aparecem matérias veiculadas na mídia (sim, acreditem, as matérias constam do processo) que citam Zaqueu como comandante geral. Só. E em seguida o pedido de prisão dele como suposto mandante de "escutas paralelas" de civis, com base nas matérias. Sob a alegação que pode destruir provas. Surreal”, completou.

 

A servidora destacou que Zaqueu tem se mantido forte na prisão por conta do apoio que vem recebendo dos amigos.

 

“Dentro dessa maluquice geral, o que de melhor está acontecendo é o apoio incondicional que Zaqueu vem recebendo dos amigos. Não me cansarei de agradecer. Essas manifestações têm sido o alimento da alma de Zaqueu. Não é fácil estar preso.


“Quem tem caráter tem vergonha de estar preso, mesmo que não tenha feito aquilo que o acusam. Sempre haverão àqueles a apontar o dedo. Eis a razão dele sentir-se tão forte com o apoio dos amigos”.

 

Prisões

 

Os mandados de prisões contra o ex-comandante e o cabo foram expedidos pelo juiz de Direito Marcos Faleiros, da 11ª Vara de Crimes Militares da Comarca de Cuiabá.

 

Ao decretar as prisões, o magistrado agiu de ofício, ou seja, tomou tal atitude com base nos elementos e informações existentes no inquérito.

 

A medida é prevista na Lei Orgânica da Polícia Militar.

 

"Este magistrado verificou indícios do envolvimento não só do Cel PM RR Zaqueu, apontado como mandante das ordens de ações militares de interceptações telefônicas, e quem mantinha contato pessoal com magistrados para viabilizar os grampos clandestinos, como também do Cabo PM Gerson Luiz Ferreira Correa Junior, responsável por formalizar os pedidos, prorrogações e relatórios de inteligência dos grampos ilegais à Justiça", disse. 

 

Denúncia 

 

A denúncia sobre a rede de grampos foi feita no início deste ano, ao Ministério Público Federal (MPF), pelo promotor de Justiça Mauro Zaque, ex-secretário de Estado de Segurança Pública. 

 

Zaque disse que recebeu uma denúncia anônima, com documentos, que evidenciavam a prática ilegal. Segundo ele, a denúncia foi levada ao conhecimento do governador Pedro Taques (PSDB) em setembro de 2015.

 

O esquema funcionaria por meio da chamada "barriga de aluguel", quando números de telefones de cidadãos comuns, sem conexão com uma investigação, são inseridos em um pedido de quebra de sigilo telefônico à Justiça.

 

No caso, teriam sido espionados adversários políticos do Governo, médicos e advogados.

 

Entre os grampeados estariam a deputada Janaina Riva (PMDB); o advogado José do Patrocínio; o desembargador aposentado José Ferreira Leite; os médicos Sergio Dezanetti, Luciano Florisbelo da Silva, Paullineli Fraga Martins, Helio Ferreira de Lima Junior e Hugo Miguel Viegas Coelho.

 

Veja a publicação:

 

 

 

Leia mais:

 

Defesa cita ilegalidade em prisão e pede liberdade de Zaqueu no TJ

 

Juiz manda prender coronel e cabo da PM acusados de esquema

 

Estimativa é que até 1000 telefones foram grampeados, diz juiz

 

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COMENTÁRIOS
7 Comentário(s).

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Marcela  07.06.17 09h07
Homem mais digno que eu já conheci, uma covardia que tão fazendo com ele!!Força comando, Deus provéra!!!
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Marcio Neres  07.06.17 07h25
CONCORDO PLENAMENTE COM O QUE ELA DISSE, CONHECO O ZAQUEU E TUDO SERA ESCLARECIDO
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Italo   07.06.17 06h25
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Breno  07.06.17 06h24
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Juliano  07.06.17 06h22
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