Cuiabá, Segunda-Feira, 16 de Junho de 2025
DE OLHO NA FRONTEIRA
04.06.2013 | 10h30 Tamanho do texto A- A+

Estado usa vigilância eletrônica contra crime organizado

Sete municípios já contam com sistema, que será implantado em outras cinco cidades

Mayke Toscano/Secom-MT

Sistema de monitoramento vai ajudar no combate ao crime organizado em áreas de fronteiras

Sistema de monitoramento vai ajudar no combate ao crime organizado em áreas de fronteiras

LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÂO
Os municípios mato-grossenses localizados em região de fronteira estão sendo monitorados por câmeras de segurança instaladas pela Secretaria de Estado de Segurança Pública, a fim de coibir a atuação do crime organizado – principalmente, de atividades ligadas ao tráfico internacional de drogas.

Até o momento, sete cidades do interior já estão sob vigilância 24 horas de 64 câmeras de segurança: Cáceres, Lucas do Rio Verde, Juara, Mirassol D’oeste, Comodoro, Tangará da Serra e Rondonópolis. Os equipamentos de segurança forma instalados durante os anos de 2011 e 2012.

Neste ano, outros cinco municípios passarão a contar com a vigilância total de suas rotas de entrada e saída: Barão de Melgaço, Barra do Garças, Poconé, Pontes e Lacerda e Vila Bela da Santíssima Trindade. Nessas cidades, serão instaladas 57 câmeras.

"Colhemos informações de locais de maior incidência de crimes e, com isso, conseguimos direcionar os serviços de combate ao crime organizado"

Ao MidiaNews, o secretário-executivo do Gabinete de Gestão Integrada (GGI) da Sesp, tenente-coronel BM Átila Wanderley da Silva, explicou que o foco do serviço é a prevenção da criminalidade nas cidades consideradas “rotas do tráfico”.

“Colhemos informações de locais de maior incidência de crimes e, com isso, conseguimos direcionar os serviços de combate ao crime organizado”, disse.

Segundo Silva, a ação faz parte do projeto de Estratégia Nacional de Segurança Pública nas Fronteiras (Enafron), do Governo Federal, que atinge todos os 11 estados que possuem fronteira.

O secretário afirmou que Mato Grosso recebe recursos do projeto desde 2010 para a segurança da fronteira, que já somam R$ 33 milhões.

Os recursos foram usados para estruturação das unidades da Sesp, com a compra de armamento, viaturas, equipamentos e monóculos para operações noturnas.

A verba também foi usada para realização de melhorias no sistema de comunicação e aquisição de uma aeronave – que ainda será entregue e ficará em uma base em Porto Espiridião. O avião será utilizado pelo Centro Integrado de Operações Aéreas (Cioaper) para o controle da fronteira.

“Desse total, R$ 6 milhões foram usados para a instalação de câmeras durante os anos de 2011 e 2012. Este ano, mais R$ 2,5 milhões serão liberados para a instalação do sistema de monitoramento nessas outras cidades”, afirmou.

O Governo do Estado é responsável por dar uma contrapartida de 10% do valor investido pela união para a implantação do projeto.

"Nos pontos onde foram instalados, os crimes foram reduzidos a quase zero"

Resultados positivos


Segundo o tenente-coronel Átila, a implantação do sistema de monitoramento aumenta a sensação de segurança da população e a diminuíram a prática de crimes.

“Nos pontos onde foram instalados, os crimes foram reduzidos a quase zero. Essa é a tendência da sociedade monitorada: diminuir a prática de crimes”, disse.

Ele afirma que o principal ponto positivo é o aumento da sensação de segurança da população.

“Nós trabalhamos com a sensação de segurança, que é maior do que a segurança que efetivamente podemos oferecer com o aparato que possuímos”, explicou.

Cuiabá e Várzea Grande

O sistema de vigilância começou a ser implantado em 2008, segundo o tenente-coronel, em pontos estratégicos de Cuiabá e Várzea Grande.

"A câmera faz com que o crime mude de localidade"

Foram instaladas 72 câmeras nas duas cidades, em pontos estratégicos e que possuíam altos índices de criminalidade.

Nesses casos, o principal objetivo é auxiliar na materialização do crime e auxiliar, com as imagens, no reconhecimento do criminoso e em investigações e perícias técnicas.

“A câmera faz com que o crime mude de localidade, e é isso que tem acontecido em Cuiabá e Várzea Grande”, disse.

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