LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO
A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), por meio de nota enviada pela assessoria, negou a existência de um esquema de segurança privada clandestina dentro do campus de Cuiabá. Na última sexta-feira (25), a Polícia Federal desarticulou o esquema de segurança no local, onde funcionários sem qualquer treinamento ou autorização da PF exerciam o serviço.
De acordo com a instituição, a atividade de vigilância patrimonial é feita por uma empresa terceirizada e por servidores do quadro efetivo.
Cerca de 30 vigilantes atuariam no Campus, regidos pelo Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE) e pela normatiza prevista no artigo 65 do Estatuto da Universidade, diz a nota da UFMT.
A tarefa dos vigilantes seria exercer a “vigilância nas entidades, rondando suas dependências e observando a entrada e saída de pessoas ou bens”, a fim de evitar roubos, atos de violência e demais infrações à ordem e à segurança.
A instituição afirmou que vai pedir esclarecimentos à Polícia Federal, para tomar as providências necessárias para regularização da vigilância.
“Segurança clandestina”De acordo com a PF, ao menos 40 funcionários realizavam a segurança do Campus da UFMT na Capital.
Conforme os agentes federais, os seguranças clandestinos tinham à sua disposição cassetetes, rádios comunicadores e outros equipamentos para uso na atividade clandestina de segurança, além de duas viaturas especialmente equipadas para a atividade.
Após a fiscalização, os funcionários foram impedidos de fazer a segurança, uma vez que não tinham a autorização da própria Polícia Federal.
RegularizaçãoO exercício da atividade de segurança privada depende de autorização da Polícia Federal. Além disso, os vigilantes empregados na atividade devem passar por treinamento específico e serem credenciados junto à PF.
Confira a íntegra da nota enviada pela assessoria da UFMT:"A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) esclarece que a atividade de vigilância patrimonial na Instituição é feita por uma empresa terceirizada, contratada pelos trâmites legais, e por servidores do quadro efetivo. A UFMT tem em seu quadro próprio, atuando na segurança patrimonial, 30 vigilantes que, conforme o Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE), têm como atribuição “exercer vigilância nas entidades, rondando suas dependências e observando a entrada e saída de pessoas ou bens, para evitar roubos, atos de violência e outras infrações à ordem e à segurança”.
Informa, ainda, que os vigilantes do quadro efetivo cumprem atividades conforme normatização prevista no artigo 65 do Estatuto da Universidade, com base no qual são estabelecidas as atribuições da Coordenação de Segurança, regulamentadas pela Portaria GR 309, de 12/04/2010. Comunica, também, que buscará, junto à Polícia Federal, esclarecimentos para tomar as providências que se fizerem necessárias".