A semana foi marcada pelo feminicídio da empresária Gleici Keli Geraldo a facadas em Lucas do Rio Verde (a 331 quilômetros de Cuiabá). Ela foi morta a facadas na terça-feira (24) enquanto dormia pelo marido, o engenheiro agrônomo Daniel Frasson, que também tentou matar a filha de 7 anos e depois se matar.
Outro crime que chocou os mato-grossense foi a morte do advogado José Antônio Silva, de 65 anos, em Nova Ubiratã (a 428 quilômetros de Cuiabá). Seu corpo foi encontrado na quinta-feira (26) em estado de decomposição, com dedos cortados. A Polícia Civil investiga o caso.
Outro fato que repercutiu durante a semana foi o afastamento do juiz Renato José de Almeida Costa Filho, da 2ª Vara de Chapada dos Guimarães, e da juíza Tatiana dos Santos Batista, de Vila Bela da Santíssima Trindade, por indícios de descumprimento dos deveres funcionais na condução de processos judiciais.
O Judiciário ainda recebeu a visita do corregedor nacional de Justiça, ministro Mauro Campbell Marques, para uma inspeção do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).
Houve ainda a determinação do Governo de Mato Grosso que decidiu implantar um túnel na região do Portão do Inferno, localizado na rodovia MT-251, em Chapada dos Guimarães. Inicialmente, a decisão era por obra de retaludamento.
Feminicídio
A empresária Gleici Keli Geraldo foi assassinada a facadas nas primeiras horas de terça-feira (24) em Lucas do Rio Verde pelo seu marido, o engenheiro agrônomo Daniel Frasson. Ele confessou à Polícia que cometeu o crime após um surto.
Conforme a Polícia Militar, Daniel ainda tentou matar a filha de 7 anos e depois se suicidar. A menor foi esfaqueada sete vezes, sendo quatro nas costas e três na parte da frente e está em estado grave. Ela está em UTI no Hospital Santa Rosa, em Cuiabá.
O crime gerou repercussão, e amigos, familiares, clientes e até políticos lamentaram a morte da empresária.
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Visita do corregedor
O ministro Mauro Campbell Marques veio a Cuiabá na segunda-feira (23), e durante discurso disse que o CNJ tem o dever constitucional de expulsar da Magistratura brasileira quem mancha a imagem dela.
"Nós temos o dever de expurgar da Magistratura nacional aqueles que se hospedaram indevidamente nela”, disse Campbell.
O TJMT enfrentou recentemente escândalos, como do Vale-Peru, de repercussão nacional, e tem dois desembargadores afastados desde agosto de 2024. Os magistrados Sebastião Moraes Filho e João Ferreira Filho são suspeitos de envolvimento no esquema de pagamentos ilícitos intermediados pelo advogado Roberto Zampieri.
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Afastamento
O Órgão Especial do Tribunal de Justiça de Mato Grosso determinou, na quinta-feira (26), o afastamento do juiz Renato José de Almeida Costa Filho, da 2ª Vara de Chapada dos Guimarães, e da juíza Tatiana dos Santos Batista, de Vila Bela da Santíssima Trindade.
Tatiana está há apenas dois anos no Judiciário, e o Órgão Especial decidiu suspender o estágio probatório e afastá-la da Magistratura. A medida será analisada no curso do processo disciplinar.
No caso de Renato, o colegiado deferiu o afastamento cautelar por 140 dias e autorizou a instauração de um PAD. Ainda não há informações sobre o motivo de seu afastamento.
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Túnel no Portão do Inferno
O Governo de Mato Grosso decidiu implantar um túnel na região do Portão do Inferno. A decisão, segundo o Executivo, foi tomada com base em estudos mais aprofundados, viabilizados somente após o início das obras no local.
Atualmente, a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT) trabalha na elaboração do anteprojeto de engenharia, para realizar a licitação para contratação integrada de uma empresa. A expectativa é que o edital seja publicado em agosto deste ano.
A Sinfra-MT ressalta, que todas as intervenções já realizadas seriam necessárias independentemente da solução final adotada.
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Operação
A Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI), deflagrou a Operação Short Code, na terça-feira (24), para combater crimes cibernéticos e campanhas difamatórias contra a atual diretoria da Unimed Cuiabá. Entre os alvos, estava o publicitário Maurício Coelho, ligado ao Instituto Brasil Cooperado.
Os mandados foram expedidos com base em investigações relacionadas a inquérito policial instaurado na DRCI, após a detecção de disparos massivos de mensagens SMS com conteúdo difamatório, a partir de um site específico.
As publicações tinham como objetivo destruir a imagem da nova diretoria, que assumiu a cooperativa após uma auditoria identificar um rombo de R$ 400 milhões nas contas do exercício do ano de 2022.
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Abilio e confusão
O prefeito Abilio Brunini (PL) foi alvo de crítica de influenciadores digitais que afirmaram que ele foi o responsável pelo cancelamento de uma partida de futebol beneficente, que aconteceria no mini-estádio do bairro Jardim Novo Horizonte, em Cuiabá, neste domingo (22).
Abilio negou ter sido o responsável direto pelo cancelamento e apontou que no evento tinha faccionados. Além disso, o evento não tinha licença para acontecer.
A discussão saiu das redes sociais e foi parar na Câmara Municipal de Cuiabá. O prefeito e dois organizadores do evento bateram boca na terça-feira.
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Advogado morto
O advogado José Antônio Silva, de 65 anos, foi encontrado morto na quinta-feira (26) em sua residência, em Nova Ubiratã com os dedos da mão direita decepados e um ferimento condizente com disparo de arma de fogo na nuca.
De acordo com a Politec (Perícia Oficial de Identificação Técnica), a vítima passou por um exame necroscópico que constatou a “ausência das pontas dos dedos da mão direita” e uma “fratura de crânio por ação perfuro-contundente”.
A vítima estava quase nua, apenas de cueca, quando foi encontrada pela Polícia já em estado de putrefação.
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Mãe se revolta
“Dói demais, demais, demais ver a injustiça sendo feita. Com certeza nós vamos recorrer, não vamos aceitar. Porque isso não é Justiça”, disse Laura Albuquerque Corrêa da Costa sobre a decisão que desclassificou o crime de homicídio qualificado contra o casal que atropelou e matou seu filho em 2022.
O universitário Frederico Albuquerque Siqueira Corrêa da Costa, de 21 anos, foi atropelado e morto no dia 2 de setembro daquele ano, em frente a uma distribuidora de bebidas na Avenida Beira Rio, em Cuiabá. O jovem foi arremessado para longe com o impacto da batida e morreu na hora.
Com a nova decisão, os dois réus pelo crime não serão mais julgados por um júri popular. E suas penas, caso condenados, tendem a ser mais baixas.
“Dói demais, demais, demais ver a injustiça sendo feita. Com certeza nós vamos recorrer, não vamos aceitar. Porque isso não é Justiça”, disse Laura Albuquerque Corrêa da Costa sobre a decisão que desclassificou o crime de homicídio qualificado contra o casal que atropelou e matou seu filho em 2022.
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