“Uma verdadeira cena de terror”. Assim o padre José Roberto descreveu o assassinato de dois amigos dele, no último domingo (21), em Peixoto de Azevedo. Ele estava no local e sobreviveu ao crime.
O pároco da igreja Nossa Senhora Aparecida falou pela primeira vez sobre o caso, na manhã desta quarta-feira (24), no Programa Encontro da TV Globo.
Ele foi ferido a tiros na mão e pelos estilhaços de vidro no corpo todo. Na ação, morreram Pilson Pereira da Silva, de 65 anos, e Rui Luiz Bogo, de 57 anos.
“Fisicamente, graças a Deus, estou bem. A cirurgia foi bem sucedida, estou agora em tratamento, mas já tive alta", afirmou ele.
"Mas emocionalmente estou muito abalado, porque perder amigos de uma forma tão trágica nos abala muito”, acrescentou.
Segundo o padre, a cada dia ele se recorda de mais detalhes do caso. “As cenas vêm cada vez mais fortes à nossa mente. [...] Uma verdadeira cena de terror”.
A pecuarista Inês Gemilaki e o filho, Bruno Gemilaki Dal Poz, são os autores do crime. Eles estavam foragidos da Polícia e foram presos na tarde de terça-feira (23).
Os irmãos Márcio Ferreira Gonçalves e Eder Gonçalves Rodrigues também estão envolvidos no crime. Eles foram presos na manhã de terça.
Como tudo aconteceu
José Roberto contou que houve uma festa de aniversário para o proprietário da casa, que seria o alvo da família, na noite anterior ao crime.
No domingo, o grupo de amigos se reuniu para um almoço e o padre foi convidado pelo dono da casa e por uma das vítimas, que foi morta no crime.
“Tive missas às 7h e às 9h, então cheguei à residência um pouco antes do meio-dia e almoçamos”, contou o padre.
“Ficamos conversando e, por volta das 15h, começamos uma partida de canastra. Estávamos na segunda mão do jogo quando escutei os estampidos. Era o Bruno atirando e gritando que era uma vingança pela Inês e foi assim que tudo começou”.
Nas imagens das câmeras de segurança, o padre aparece sentado à mesa de camisa azul marinho.
“Quando olho para trás, vejo o Bruno com uma 12 de repetição e corro para trás do sofá. Fico ali de bruços, quando Inês entra atirando. É ela quem mata as pessoas e é ela que atira em mim”, disse.
“Quando passo pelo senhor Pilson [vítima que morreu] ele fica de pé, Inês atira em mim sob o sofá e ele cai do meu lado. Todo o sangue dele começa a se esvair por debaixo do sofá e encharca a minha camisa”, contou.
Veja o relato completo do padre AQUI.
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2 Comentário(s).
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Izabel Garcia 24.04.24 13h03 | ||||
Olha idiota que teceu o primeiro comentário vc não passa de um densinformado eles não compraram armas porque o Presidente Bolsonaro liberou vá para o interiores e visita cada fazenda e veja que todos eles tem posse legal de armas para protegerem a si mesmo entendeu Jumentula!!! | ||||
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Luciana 24.04.24 11h40 | ||||
Infelizmente ainda vamos ver várias cenas de horror com essa quantidade de armas compradas e liberadas pelo governo Bolsonaro,mais de um milhão de armas vendidas principalmente para CAC,milhares de munições estocadas... | ||||
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