Cuiabá, Domingo, 6 de Julho de 2025
POLÊMICA NO TRÂNSITO
05.10.2014 | 09h17 Tamanho do texto A- A+

"Gelos baianos" nas ruas são úteis, porém feios e perigosos

Blocos de concreto usados em intervenções viárias na Grande Cuiabá desfiguram e deixam mais carregado

MidiaNews

A colocação desses blocos na MT-251, no perímetro urbano de Cuiabá, provocou muita polêmica

A colocação desses blocos na MT-251, no perímetro urbano de Cuiabá, provocou muita polêmica

JOANICE DE DEUS
DO DIÁRIO DE CUIABÁ
Estáticos e geralmente pintados de amarelos, os “gelos baianos” são cada vez mais usados para demarcar intervenções ou mudanças viárias. Em Cuiabá e Várzea Grande, esses blocos de concreto passaram a ser mais utilizados quando começaram as obras para a Copa do Mundo, que terminou em julho passado. Porém, até hoje podem ser amplamente vistos delimitando canteiros centrais e fechando retornos, ruas e avenidas por toda a cidade.

Não se sabe exatamente quantos são. Mas, com dezenas de quilos de concreto armado, os gelos baianos estão espalhados ao longo de ruas e avenidas como as Fernando Correa, Historiador Rubens de Mendonça (CPA), Tenente Coronel Duarte (Prainha), XV de Novembro, Beira Rio, Barão de Melgaço, próximo ao Córrego Oito de Abril, todas na capital. Em Várzea Grande, os blocos contornam praticamente toda a Avenida da FEB.

“Já faz algum tempo que esses blocos foram colocados ai (Barão de Melgaço). Não tenho certeza para que servem, mas penso que são para evitar que os motoristas façam a conversão”, comentou o auxiliar administrativo José Assunção, 32 anos. “O problema é que agravam os acidentes. No sábado retrasado (20) mesmo um carro bateu de frente contra um bloco”, acrescentou Assunção.

Para a universitária Solange Santos, 22, os gelos baianos também mudam a paisagem da cidade. “Esses blocos desfiguram e deixam mais pesado o visual da cidade. Até parece que viraram projetos de engenharia viária definitivos”, critica.

No cruzamento da Prainha com a Dom Bosco, os concretos amarelos foram colocados para impedir a conversão do motorista que vem do bairro Porto em direção à região do Jardim Cuiabá.

A intervenção foi adotada por conta das obras do veículo leve sobre trilhos (VLT), mas que estão paradas no trecho. Os trabalhos são de responsabilidade do Consórcio VLT.

Situação semelhante ocorre no cruzamento da Prainha com a XV de Novembro e no canteiro central da Avenida do CPA, próximo ao Viaduto da Secretaria de Estadual de Fazenda (Sefaz). Nesses locais, o secretário de Trânsito e Transportes Urbanos (SMTU), Antenor Figueiredo, informou que termina hoje o prazo acordado com o Consórcio VLT para que retome as obras nestas regiões. “Se não retomarem, vamos multar”, garantiu.

Outra medida que poderá ser tomada é a remoção dos blocos, conforme Figueiredo. A reportagem do Diário procurou o Consórcio VLT para falar sobre o assunto, mas não houve retorno.

Figueiredo garantiu ainda que o órgão está reorganizando a colocação ou retirada dos gelos baianos gradativamente até por conta das obras que continuam pela cidade. “A SMTU não tem como organizar tudo num passe de mágica”, disse, comentando que os blocos instalados pela SMTU

estão nas intervenções viárias como a realizada na Barão de Melgaço.

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COMENTÁRIOS
4 Comentário(s).

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Juliano   06.10.14 08h00
Mais e a única forma do pessoal aqui respeitar o trânsito !!! Como que tem pessoas aqui que gosta de fazer uma manobra errada....
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João Moessa de Lima  05.10.14 22h35
Estes blocos de concreto denominados de gelo baiano é prova inequívoca da incompetência da administração pública. Só deveriam ser utilizados emergencialmente e por curto espaço de tempo deveriam ser utilizados de materiais que não causassem mais danos que benefício.
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roberto  05.10.14 13h32
viajo muito para fora do país,e sempre vejo essas barreiras de plastico,cheios de agua,o objetivo não é matar os outros e,sim criar uma divisoria
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FABIO  05.10.14 10h44
FABIO, seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas