"Houve uma explosão; foi um verdadeiro horror", diz dona de apê

Proprietária do apartamento que pegou fogo na noite desta terça-feira (11) no Edifício Villaggio Trebbiano, a aposentada Maria de Fátima Fogaça, de 71 anos, deu detalhes sobre o momento em que percebeu o início das chamas e como foi salva por um vizinho, que a carregou nas costas.

Eu já estava no chão meio desmaiada. Era muita fumaça, já estava tudo preto. Se não tivesse me recuperado um pouquinho para abrir a porta, eu tinha ficado ali

O edifício fica localizado na Avenida Estevão de Mendonça, no Bairro Quilombo. O incêndio começou em um aparelho de ar-condicionado na sala do apartamento, no oitavo andar.

"Começou com um cheiro muito forte. Quando eu levantei para ver se o cheiro era na cozinha, o ar-condicionado estava de frente para o sofá do home [theater], eu já vi o fogo e começou a pipocar. Daí houve uma explosão. É um horror, um verdadeiro horror”, disse, emocionada.

Maria de Fátima disse ainda que, no desespero, pegou o celular para avisar os filhos, mas teve um "branco" por causa do nervosismo.

“Quando aconteceu, eu quis pegar o celular rápido. Daí eu esqueci o nome do meu filho, da minha filha, eu não lembrava o nome de ninguém. Quando eu cliquei [no celular], foi minha filha que atendeu. Eu falei que estava pegando fogo”, disse.

Maria de Fátima, que sofre de DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica), diz que passou mal com a fumaça.

“Eu já não estava conseguindo respirar. Daí vim pra varanda. Eu gritei e o Jonnier subiu correndo”, disse, referindo-se ao artista plástico Rafael Jonnier, seu vizinho que tem um ateliê na frente do edifício.

“Eu já estava no chão meio desmaiada. Era muita  fumaça, já estava tudo preto. Se não tivesse me recuperado um pouquinho para abrir a porta, tinha ficado ali. Eu estava sozinha e meus filhos todos saíram”.

A aposentada contou ainda que tentou pedir socorro para seu vizinho de apartamento, o vice-presidente do Cuiabá, Cristiano Dresch, mas ele não estava em casa. Neste momento, Rafael Jonnier chegou no oitavo andar e conseguiu pegá-la e carregá-la nas costas.

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