Cuiabá, Segunda-Feira, 7 de Julho de 2025
ESPANCADA
27.08.2022 | 17h12 Tamanho do texto A- A+

Jogador acusado de matar ex fez campanha contra feminicídio

Padovani passou por audiência de instrução ontem (26) e teve sua prisão preventiva decretada

Reprodução/Instagram

O jogador de futebol italiano Giovanni Padovani

O jogador de futebol italiano Giovanni Padovani

DO UOL

Menos de um ano antes de ser o principal suspeito de espancar na última terça-feira (23) sua ex-namorada, Alessandra Matteuzzi, 56, até a morte, o jogador italiano Giovanni Padovani, 27, participou de uma campanha contra a violência de gênero, que inclui o feminicídio.

 

Em novembro do ano passado, quando ainda jogada no ASD Troina, da quarta divisão italiana, Padovani estampou a campanha com os dizeres "o Troina diz não à violência de gênero" e "pare a violência contra as mulheres". Eu seu Instagram, o jogador postou a imagem e colocou a legenda "não à violência contra as mulheres".

 

Sobre a acusação que o zagueiro enfrenta, segundo relatos de testemunhas obtidos pelo Tribunal de Bolonha, Padovani continuou a "espancar a vítima chegando até a usar um banco de ferro forjado, que foi jogado várias vezes" em Alessandra.

 

O casal ficou junto por cerca de um ano. Depois que se separaram, ele supostamente a bombardeou com mensagens e ligações. Com isso, ela o denunciou à polícia italiana por perseguição, mas a Justiça optou por não conceder uma medida protetiva em favor de Alessandra.

 

De acordo com declarações de Giampiero Barile, advogado que representa a irmã de Alessandra, Stefania, ao jornal italiano 'Il Messaggero', Padovani "exerceu controle obsessivo sobre a vítima. A intimidava à distância por ciúmes".

 

Padovani passou por uma audiência de instrução ontem (26) e teve sua prisão preventiva decretada. Ele está preso em Bolonha, na Itália. Perante o juiz, o jogador optou por não responder as questões que foram feitas.

 

 

O que é feminicídio?

 

Feminicídio é o termo usado para denominar assassinatos de mulheres cometidos em razão do gênero. Ou seja, quando a vítima é morta por ser mulher, sendo o último estágio deste tipo de violência. As legislação sobre violência de gênero varia de país para país.

 

No Brasil, a Lei do Feminicídio (13.104/2015), de 2015, estabelece que, quando o homicídio é cometido contra uma mulher, a pena é maior. Esta lei tornou o feminicídio um homicídio qualificado e o colocou na lista de crimes hediondos, com penas mais altas. Assim, para um homicídio simples, a pena varia entre 6 e 20 anos. Para o feminicídio, de 12 a 30 anos.

 

Segundo a lei, para ser considerado feminicídio, as situações devem envolver violência doméstica e familiar ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher.

 

O Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2022, com dados referentes a 2021, aponta que 1.341 mulheres foram vítimas de feminicídio no Brasil no último ano. Os principais autores das mortes foram os companheiros ou ex-companheiros das vítimas (81,7%), seguido de parentes (14,4%).

 

Em caso de violência, denuncie Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.

 

Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.

 

Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e pelo Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.

 

Há ainda o aplicativo Direitos Humanos Brasil e por meio da página da Ouvidoria Nacional de Diretos Humanos (ONDH) do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH). Vítimas de violência doméstica podem fazer a denúncia em até seis meses.

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