Cuiabá, Quarta-Feira, 2 de Julho de 2025
ALTA MÉDICA
03.10.2018 | 09h01 Tamanho do texto A- A+

Juiz ferido retorna ao trabalho e fica com bala alojada no ombro

Atirador foi morto pela Polícia Militar após ataque; caso aconteceu na tarde segunda-feira (2)

Reprodução/Montagem

O juiz Carlos Eduardo de Moraes e Silva (detalhe), que retorna ao trabalho

O juiz Carlos Eduardo de Moraes e Silva (detalhe), que retorna ao trabalho

JAD LARANJEIRA
DA REDAÇÃO

O juiz Carlos Eduardo de Moraes e Silva recebeu alta médica na noite desta terça-feira (2), após ser baleado no ombro dentro do Fórum de Vila Rica (1237 km de Cuiabá). Na ocasião o atirador acabou morto pela Polícia, que fazia a guarda do local.

 

O episódio aconteceu na última segunda-feira (1º), assim que o magistrado terminou uma audiência de custódia, e um advogado entrou na sala seguido pelo agressor, identificado como Domingos Barros de Sá.

 

O homem sacou a arma escondida e, primeiro, ameaçou promotor de justiça Eduardo Zaque. O magistrado interveio na situação e deu início a uma luta com o agressor, que em seguida atirou.

 

Conforme a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça, o magistrado esteve na Capital ainda na noite de ontem, onde passou por um médico ortopedista, especializado em coluna, pois havia a possibilidade de lesão. No entanto, foi descartado qualquer perigo.

 

Informou ainda que a bala alojada na clavícula do juiz não será removida por enquanto e ele retorna ainda hoje a Vila Rica para cumprir com a sua agenda normal de trabalho.

 

“O presidente [Rui Ramos], que tem feito esforços no sentido de se resolver a questão da segurança dos fóruns, verificará in loco a situação da referida comarca”, afirmou o TJ em comunicado.

 

Este é o quarto caso de ataque ou ameaça a magistrados de Mato Grosso no intervalo de pouco mais de um mês. Na semana passada, o juiz Jorge Hassib Ibrahim, de Paranatinga (a 536 km de Cuiabá), foi agredido com um soco pelo advogado Homero Nedel.

 

CNJ cobra medidas

 

O ministro Humberto Martins, corregedor nacional de Justiça, cobrou do Judiciário do Estado segurança aos magistrados que estiverem no exercício de sua atividade em Mato Grosso.

 

Ele cobrou informações acerca das providências adotadas pelo presidente do Tribunal de Justiça no caso específico e também quanto à situação geral da segurança dos magistrados estaduais.

 

“Martins também manteve entendimento com o presidente da Associação dos Magistrados do Brasil, juiz Jayme de Oliveira Neto, e com o presidente da Associação dos Magistrados de Mato Grosso, juiz José Arimatéia Neves Costa, para que seja oferecida ao magistrado toda a segurança necessária para o exercício de sua atividade de Judicatura”, disse o CNJ por meio de nota.

 

Também por meio de nota, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Supremo Tribunal Federal (STF) afirmaram que o caso reforça a necessidade de se aprimorar procedimentos e infraestrutura de segurança nos prédios da Justiça brasileira.

 

 

 

 

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COMENTÁRIOS
2 Comentário(s).

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Sérgio Galo  03.10.18 10h06
A que ponto chegou a violência urbana, nem mesmo os magistrados estão livres desse flagelo, imagina o cidadão comum. Melhoras e pronta recuperação ao Dr Carlos para retomar suas atividades em prol da justiça de MT.
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Rafael  03.10.18 09h44
17 vem aí - é só liberar o uso de armas a população
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