Cuiabá, Quarta-Feira, 30 de Julho de 2025
VÍTIMA DE RITUAL
19.12.2016 | 15h02 Tamanho do texto A- A+

Médicos não conseguem tirar agulhas de cabeça de bebê

A criança está internada há seis dias na unidade hospitalar e permanece em observação rigorosa

Reprodução

Menor continua internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica da Santa Casa de Rondonópolis

Menor continua internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica da Santa Casa de Rondonópolis

JAD LARANJEIRA
DA REDAÇÃO

A bebê de três meses que teve agulhas de metal introduzidas na cabeça, em um suposto ritual religioso, no dia 11 de dezembro, continua internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica da Santa Casa de Rondonópolis (212 km de Cuiabá).

 

De acordo com o boletim médico divulgado pela assessoria do hospital nesta segunda-feira (19), a menor foi submetida a uma cirurgia na última sexta-feira (16) para a drenagem do hematoma e tentativa de retirar as agulhas. Mas os médicos não obtiveram êxito devido ao risco de “forte sangramento e lesão cerebral muito grande”.

 

A criança está internada há seis dias na unidade hospitalar com a presença de duas agulhas no crânio e uma na região do tórax. Ela respira sem ajuda de aparelhos e seu estado de saúde é grave, apesar de ser considerado estável. Ela continua em "observação rigorosa".

 

A Polícia Civil indiciou quatro pessoas criminalmente. Além deles, a mãe, que é menor de idade, responderá por ato infracional.

 

De acordo com o delegado Marcelo Melo de Laet, a resolução do caso está bastante adiantada, apesar da negativa dos suspeitos em confessar formalmente a participação no suposto ritual religioso.

Divulgação

agulhas

Raio-x mostra agulhas na cabeça de bebê vítima de suposto ritual em São Pedro da Cipa

 

O crime está sendo tratado como tentativa de homicídio. No entanto, segundo o delegado, caso a vítima venha a falecer no período de 30 dias (prazo do mandado de prisão temporária dos suspeitos), os investigados poderão responder por homicídio consumado triplamente qualificado: mediante paga ou promessa de pagamento, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima.

 

O caso

 

 A Polícia Civil de Jaciara foi acionada pelo Conselho Tutelar na noite de segunda-feira (12) sobre o fato que teria acontecido no domingo (11).

 

Os conselheiros receberam denúncia da equipe médica do Hospital Municipal de Jaciara sobre a suspeita de maus-tratos contra a criança.

 

O pai da menina foi preso na terça-feira (13). W.J.C., 28, é suspeito de aceitar receber o valor de R$ 250 para submeter a filha ao ritual, que foi conduzido por I.Q.S., 42 anos, presa no mesmo dia, em São Pedro da Cipa (149 km da Capital). Outros dois maiores também são acusados.

 

Leia mais sobre o assunto:

 

Quatro são indiciados por ritual com bebê de três meses

 

Polícia prende dois suspeitos de realizar ritual em bebê

 

 

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