Moradores do Residencial Altos do Parque I, em Cuiabá, denunciaram à Secretaria Municipal de Cidades que quatro beneficiários do programa “Minha Casa, Minha Vida” estariam negociando suas residências, o que não é permitido pelas regras do programa.
Além disso, outras 38 residências continuam desocupadas, uma vez que os contemplados com as unidades habitacionais pelo programa não se mudaram para o local dentro do prazo de 30 dias estipulado pelo programa.
O prazo vendeu no último dia 8 e a Prefeitura de Cuiabá e a Caixa Econômica Federal (CEF) iniciaram, nesta quarta-feira (14), uma vistorias às unidades desocupadas, a fim de averiguar se a casa foi invadida.
Os fiscais aproveitam, ainda, para questionar os vizinhos sobre a ocupação das casas, segundo a assistente social da pasta de Cidades, Lucijane Bernardes.

"Há casos em que o proprietário não apareceu, visita esporadicamente a casa ou colocou familiares para ocupar a residência"
“Há casos em que o proprietário não apareceu, visita esporadicamente a casa ou colocou familiares para ocupar a residência. Nos casos de unidades que estão sendo vendidas, os próprios vizinhos acabam denunciando”, disse.
Após a vistoria, a assistente social e o representante da CEF, Antônio Araújo Bezerra, encaminham um laudo para o banco.
“Com esse laudo, a Caixa ajuíza uma ação para convocar o proprietário a prestar esclarecimentos e a casa pode voltar a ser destinada a um novo beneficiário”, explicou.
O residencialO Residencial Altos do Parque I, localizado na região do Coxipó, foi entregue no dia 8 de julho e beneficiou 472 famílias de baixa renda da Capital.
Segundo o secretário municipal de Cidades, Suelme Evangelista, a prefeitura está empenhada em oferecer casa própria às famílias em vulnerabilidades, mas as regras devem ser respeitadas.
“Para conquistar o benefício, as pessoas devem ser selecionadas por critérios rígidos e justos. E essa visita pós-ocupação faz parte deste processo, pois precisamos verificar se a casa está sendo utilizada por quem realmente foi contemplado e necessita”, disse.