O promotor Marcos Bulhões, um dos responsáveis pela Operação Conciliábulo, desencadeada na ultima segunda-feira (10), afirmou que a quadrilha presa tem grau de periculosidade extremamente alto.
“Se você considerar que três deles eram ex-policiais, se você considerar que tem elementos integrantes do comando vermelho, o grau de periculosidade é extremamente alto. E é uma organização criminosa, tanto que com um deles no momento da prisão foi encontrado uma arma”, afirma o promotor, que coordena o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).
Segundo o promotor, a quadrilha planejava crimes em todo Estado, entre assaltos a bancos e a carros-fortes. Um dos alvos era um carro-forte que iria transportar R$ 26 milhões. Mas, até o momento, Bulhões não tem a informação de que o grupo já teria começado a agir.
“Nós não temos esse conhecimento ainda. Nós sabemos que vários desses indivíduos têm antecedentes, tanto que alguns estavam até presos já e se associaram de dentro da unidade prisional. Pode ser que essa informação acabe vindo ainda no futuro”, contou o membro do Ministério Público.
Ainda segundo o promotor, somente um dos mandatos de prisão ainda não foi cumprido e todos os acusados que foram detidos já prestaram depoimento, foram apresentados ao juiz e conduzidos para a unidade prisional.
Entre os presos, está o líder da quadrilha. Trata-se do ex-PM Vail da Silva Abreu. Outro preso considerado cabeça do esquema é Paulo Cezar da Silva, que seria integrante do Comando Vermelho em Mato Grosso, .
Também foram presos Wanderson Santos Marçal Sales, Marcos Roberto Alves, Ana Lúcia Pereira de Arruda, Vanderlei da Silva Abreu, Valdeir Pontes do Nascimento, Cerilo Pinto de França e Paulo Roberto Leal. Que estão sendo indiciados por organização criminosa, visto que ainda não haviam consumado os crimes.
Perguntado sobre como foram os depoimentos, o promotor é taxativo: “Todos negam. Isso é praxe já”.
Segundo o Gaeco, as investigações tiveram início em novembro de 2016. A Operação Conciliábulo foi deflagrada em conjunto com a Polícia Militar.
A operação
A operação foi desencadeada na segunda-feira (10). Os presos compõem organização criminosa que estava em vias de perpetrar crimes violentos contra uma empresa de transportes de valores e agências bancárias e possui em seus quadros integrantes de uma facção criminosa instalada em presídios de Mato Grosso e ex-policiais militares.
As investigações e a deflagração da operação são realizadas por meio de ação conjunta entre Gaeco e Polícia Militar do Estado de Mato Grosso.
Além dos Policiais Civis e Militares, Promotores de Justiça e Delegados de Polícia do Gaeco, estão participando do cumprimento dos mandados judiciais policiais do Batalhão de Operações Policiais (BOPE) e Força Tática de Cáceres, totalizando mais de 70 agentes.
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