Uma mulher de 30 anos, sem identificação revelada, morreu por intoxicação por ingestão de metanol, no último dia 7 de novembro, em Várzea Grande. A confirmação da causa da morte, no entanto, foi feita apenas nesta quinta-feira (13) pela Secretária de Estado de Saúde.
Essa é a primeira morte do Estado por intoxicação da substância.
Segundo nota encaminhada pela Prefeitura de Várzea Grande, os familiares da mulher contaram que ela havia participado de uma confraternização no dia 2 de novembro, um domingo, ocasião em que bebeu cerveja. Depois, no dia 4 de novembro, uma terça-feira, ela ingeriu cerveja e uisque.
No dia seguinte (5), a mulher apresentou mal-estar, com sintomas de náusea e vômito, e foi atendida na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município. Após melhora do quadro clínico, recebeu alta médica.
No entanto, no dia 7, voltou a apresentar piora significativa do estado de saúde, com queixa de dor intensa de cabeça e visão turva. Ela foi encaminhada para o pronto-socorro, mas já deu entrada na unidade hospitalar morta.
"Muito triste"
O secretário de Saúde, Gilberto Figueiredo, por meio de nota, lamentou a morte e pediu que a população fique atenta a origem das bebidas alcoolicas que consomem.
“A primeira morte por intoxicação por metanol em Mato Grosso é muito triste. A população deve ficar alerta para a procedência de bebidas alcóolicas antes do consumo. É importante que as orientações da SES sejam seguidas para prevenirmos novos casos”, disse.
De acordo com a SES, nas últimas 24 horas, Mato Grosso registrou mais três casos de intoxicação por metanol: dois em Itanhangá e a vítima fatal de Várzea Grande.
Os pacientes de Itanhangá são um rapaz de 26 anos e sua sogra, de 42 anos, que consumiram whisky. Ele teve sintomas como vômito, náuseas, dor torácica, tontura e dificuldade para respirar, mas já recebeu alta.
Já a outra paciente apresentou vômito, náuseas, fadiga, perda progressiva da visão e dificuldade de caminhar; ela continua internada em estado grave.
Metanol em Mato Grosso
A primeira confirmação de Mato Grosso foi feita no dia 22 de outubro, envolvendo um paciente de 24 anos, do sexo masculino, morador de Várzea Grande, que apresentou lesão ocular irreversível, uma das complicações mais graves decorrentes da exposição.
Até esta quinta-feira (13), foram notificados dez casos suspeitos em Mato Grosso, sendo quatro deles confirmados laboratorialmente. Mais dois casos estão em investigação, em Água Boa (1) e Várzea Grande (1), e outros quatro já foram descartados.
O metanol é utilizado na indústria como solvente, combustível ou componente de produtos de limpeza. Mesmo em pequenas quantidades, sua ingestão pode causar danos neurológicos, hepáticos e visuais severos, podendo evoluir para cegueira permanente ou óbito.
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