Thor Batista, filho do empresário Eike Batista, não trafegava pelo acostamento quando atropelou e matou um ciclista na rodovia Rio-Juiz de Fora (BR-040), na noite de 17 de março. A informação é do diretor da Polícia Técnico Científica do Rio de Janeiro, Sérgio Henriques, que encaminhou o laudo sobre o carro de Thor Batista à 61ª DP (Xerém).
Após o acidente, a família de Wanderson Pereira dos Santos, de 30 anos, afirmou que ele não atravessava a pista e pedalava pelo acostamento.
A perícia mostra que Thor, de 20 anos, circulava com seu Mercedes-Benz McLaren pela pista central ou da direita e que Wanderson estava empurrando a bicicleta, atravessando a rodovia.
Dois dias depois do acidente, Thor Batista usou o Twitter para dar sua versão sobre o acidente. "Vinha na faixa esquerda com muito cuidado, sem ao menos dialogar com o meu carona, repentinamente um ciclista atravessou do acostamento do lado direito até o meio da faixa da esquerda, onde trafegam veículos", escreveu o jovem, no serviço de microblog.
Segundo o laudo, foi constatado que a vítima carregava um saco de plástico com lata de cerveja, itens, segundo Henriques, encontrados no para-brisa do carro de Thor.
Perícia aguarda laudo sobre velocidade do carro de Thor
A perícia aguarda agora o resultado do laudo que verifica a velocidade do carro de Thor no momento do acidente. Segundo Henriques, como a Mercedes-Benz McLaren é mais baixa que os veículos normais, isso dificulta a conclusão do trabalho da perícia e impede, por exemplo, que se verifique a velocidade em que o carro estava no instante do atropelamento. O limite de velocidade na rodovia onde ocorreu o acidente é de 110 km/h.
De acordo com a polícia, em 17 de março, Thor dirigia o carro acompanhado de um amigo no momento do acidente, por volta das 19h. Eles voltavam de um almoço em Itaipava, na Região Serrana do Rio. Com o impacto do acidente, a frente do veículo ficou amassada.
Na ocasião, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que Thor e o amigo procuraram um posto policial a 3 km do local do acidente. Com escoriações no braço e no rosto, o jovem pediu socorro e relatou o caso. Segundo a PRF, os dois foram submetidos ao teste do bafômetro e não foi verificada a ingestão de álcool por nenhum dos dois.
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