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21.06.2022 | 10h45 Tamanho do texto A- A+

Policiais que cobraram propina de casal de amantes são expulsos

Felisberto Silverio e Patrick Antonio Vanni foram condenados em 2018 pelo crime de concussão

MidiaNews

Os policiais militares foram demitidos das fileiras

Os policiais militares foram demitidos das fileiras

THAIZA ASSUNÇÃO
DA REDAÇÃO

O Comando Geral da Polícia Militar de Mato Grosso demitiu das fileiras da corporação o sargento Felisberto Silverio da Silva e o cabo Patrick Antonio Vanni, condenados pelo crime de concussão (recebimento de vantagem indevida). A decisão circulou no Diário Oficial desta semana.

 

A demissão foi assinada pelo comandante-geral da PM, coronel Alexandre Corrêa Mendes. Silverio não está mais na ativa e só sofrerá a perda da graduação, mantendo seu salário. Já Vanni será excluído da folha de pagamento. 

 

Os dois policiais foram condenados em 2018 por exigir R$ 10 mil de um homem flagrado com uma amante em Nova Canaã do Norte (680 km de Cuiabá).

 

De acordo com o processo, o caso ocorreu em junho de 2011. A vítima estava em uma festa em uma estância, quando, no trajeto de volta, foi abordado na companhia da amante pela viatura composta pelo então cabo Felisberto Silverio e o então soldado Patrick Antonio Vanni.

Na ocasião, os policiais afirmaram que a abordagem se deu porque a vítima estaria num lugar perigoso, o qual era utilizado para consumo de entorpecentes.

 

Logo em seguida, conduziram a vítima e a mulher para um unidade policial. O homem foi conduzido no seu veículo pelo soldado Vanni e a mulher levada na viatura pelo então cabo Silverio.


Conforme o processo, no percurso até a delegacia, Vanni disse à vítima que o local aonde ela estava namorando poderia dar cadeia, por ser lugar público.

 

Afirmou que em razão do suposto crime, ele teria que gastar cerca de R$ 10 mil com advogado, além de ter problemas com a esposa, momento em que lhe sugeriu que, ao invés de entregar o dinheiro ao advogado, o repasse para eles, pois assim nada seria feito e ninguém saberia.

 

Ainda de acordo com o processo, o homem e a mulher ficaram cerca de 30 minutos na unidade policial sob a ameaça de que poderiam ser levados para a delegacia e serem presos. 

 

A vítima, apesar de se mostrar insatisfeita com o valor exigido, acabou preenchendo um cheque, com a condição de que ele fosse descontado somente em julho. 



 

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