Cuiabá, Segunda-Feira, 7 de Julho de 2025
PORTÃO DO INFERNO
12.01.2024 | 10h11 Tamanho do texto A- A+

“Pode cair amanhã, pode cair daqui a 30 anos; melhor prevenir”

Geólogo Darlan dos Santos, da Metamat, garante que melhor alternativa são as interdições pontuais

MidiaNews

O geólogo Darlan dos Santos, da Metamat, que participou de visita técnica no Portão do Inferno

O geólogo Darlan dos Santos, da Metamat, que participou de visita técnica no Portão do Inferno

LIZ BRUNETTO E ANGÉLICA CALLEJAS
DA REDAÇÃO

O geólogo Darlan dos Santos, da Metamat (Companhia Mato-grossense de Mineração), avalia que as interdições realizadas pela Secretaria Estadual de Infraestrutura são a melhor alternativa, no momento, para evitar acidentes no Portão do Inferno.

 

Darlan participou na manhã desta sexta-feira (12) de uma visita técnica ao trecho, na MT-251, que foi organizada pelo presidente do Tribunal de Contas do Estado, Sérgio Ricardo.

 

De acordo com Darlan é “melhor prevenir do que remediar”, uma vez que o risco é visível e pode haver novas quedas de blocos sobre a via a qualquer momento.

 

“Visualmente ela está em risco. Usando todos os dados que a gente teve, informações de outros estados que também fizeram o mesmo tipo de trabalho, a gente está numa situação de risco”, afirmou.

  

“O tempo geológico é imprevisível. Ele pode cair hoje, pode cair amanhã, pode cair daqui a 30 anos, mas uma hora vai cair”, disse o geólogo sobre as rochas do alto do paredão.

 

Darlan afirma que o risco se intensifica com o período de chuvas, uma vez que o trecho é formado por arenito e, que quando ele se fratura, é preenchido por essa água. “É tipo uma cola que vai soltando as placas e vai desmoronando”, afirmou.

  

“Se as chuvas continuarem, pode ter mais desmoronamento, porque você tem vibrações, a rocha vai sentir a vibração dos carros passando, e pode ter alguns deslocamentos de material”, completou.

  

O geólogo defendeu ainda mais estudos no local para estimar o risco real no trecho, que além das quedas de bloco, tem o asfalto oco à direita da rodovia.

  

“Precisamos de mais estudos para ter uma noção de qual que é a resistência desse material, porque duas formações geológicas estão em contato aqui, e você precisa ter estudo para saber se a enxurrada está levando material, se está tendo uma ilusão laminar”.

 

 

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COMENTÁRIOS
3 Comentário(s).

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Valdeci   12.01.24 12h44
Vai esperar morrer alguém para tomar uma atitude decente...essa tal de ICMBio é uma piada não tem que ficar dependendo de liberação desse órgão não...
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Dulcineia Corrêa da Costa  12.01.24 11h37
Todo mundo fala sobre a parte superior, do risco da queda desta parte da Rocha, mas a parte de baixo, como esta?? Qual o risco de se abrir um buraco na pista?? E, se houver veículos passando, mesmo do siga e pare será engolido?? E, aí?? Passei aí outro dia e dá para ver a olho nu que em baixo o risco tbem é grande! Como ficamos??
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Lisandro Peixoto Filho  12.01.24 11h04
Um problema de causa conhecida assim como a providência, que deveria ter atenção técnica e não tratamento a aproveitamento político. Enquanto isto acidentes diárias com perdas de vidas humanas pela rodovias e não vistos comitivas de órgãos públicos presentes!
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