A polícia de Portugal confirmou nesta sexta-feira (5) as nacionalidades das 16 vítimas que morreram no acidente com o Elevador da Glória, em Lisboa, e não há nenhum brasileiro.
Entre os mortos estão cinco portugueses, dois sul-coreanos, três britânicos, dois canadenses, um suíço, um ucraniano, um americano e um francês. O governo e a polícia afirmaram que não irão divulgar os nomes das vítimas por questões de privacidade.
A multiplicidade de nacionalidades entre os mortos se deve ao fato de que o bondinho se situava em área muito frequentada por turistas. O veículo, no entanto, era usado também por muitos lisboetas.
De acordo com o canal de notícias SIC, cinco funcionários da Santa Casa de Lisboa estavam no funicular, e a instituição confirmou que quatro morreram.
"A família Santa Casa está de luto e as palavras não chegam para expressar a enorme tristeza que nos une neste momento de dor e consternação", disse o hospital em nota. Uma das entradas da instituição de saúde, em frente à Calçada da Boa Hora, situa-se justamente no ponto inicial do veículo na parte alta da colina.
A quinta vítima portuguesa foi o guarda-freios do funicular, o português André Marques. O guarda-freios é o único funcionário desse tipo de veículo. Atua recolhendo bilhetes dos passageiros, abrindo e fechando as portas e acionando os freios em situações de emergência.
O bondinho descarrilhou na quarta-feira (3). De acordo com o jornal O Público, o acidente foi causado por um cabo de segurança que se rompeu, fazendo com que o funicular se chocasse contra um prédio.
Ao menos dois brasileiros ficaram feridos, segundo o diretor do Serviço Nacional de Saúde, Álvaro Almeida. Ambos sofreram ferimentos leves, foram atendidos em uma unidade de saúde e, depois, liberados.
A embaixada do Brasil em Lisboa recebeu a informação de que uma brasileira que também estava no bondinho foi transferida de hospital, o que elevaria a três o número de feridos brasileiros, mas ainda não há confirmação oficial.
Esse é o segundo acidente nos últimos anos envolvendo o funicular, inaugurado originalmente em 1885 ele completa 140 anos em outubro. Em 2018, em episódio que não deixou feridos, o veículo descarrilhou, mas não chegou a tombar, após uma falha de manutenção.
O Elevador da Glória percorre um trajeto de 265 metros de distância e 44 metros de altura, conectando a Praça dos Restauradores, no bairro da Baixa, ao Jardim de São Pedro de Alcântara, no bairro Alto de Lisboa. Em 2002, foi considerado Monumento Nacional de Portugal, junto com os outros dois funiculares da capital portuguesa: o Elevador da Bica e o do Lavra. Ele transporta cerca de 3 milhões de pessoas todos os anos.
A Calçada da Glória, onde ocorreu o acidente, começa na Avenida da Liberdade, conhecido ponto turístico lisboeta que reúne as lojas de luxo da capital, com marcas como Prada, Chanel, Louis Vuitton e Armani.
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