Cuiabá, Terça-Feira, 18 de Novembro de 2025
GOLPES DE FACA
18.11.2025 | 14h00 Tamanho do texto A- A+

Polícia não vê legítima defesa e prende mulher por matar o marido

Mulher se entregou na delegacia dois dias depois, acompanhada de um advogado, alegando legítima

Arão Leite/TV Nativa

Momento em que o corpo é retirado do local; Renato foi morto com uma facada no pescoço pela mulher

Momento em que o corpo é retirado do local; Renato foi morto com uma facada no pescoço pela mulher

DA REDAÇÃO

A Polícia Civil realizou nesta segunda-feira (17), em Alta Floresta, a Operação Álibi de Sangue, para cumprir um mandado de prisão preventiva contra a companheira de Renato da Silva Rosa, 31 anos, assassinado no dia 22 de outubro, além de ordens de busca e apreensão domiciliar e afastamento de sigilo de dados.

Relatos colhidos apontam histórico de conflitos e agressões anteriores praticadas pela suspeita contra a própria vítima

 

O crime ocorreu na residência do casal, no Bairro Boa Nova III, onde a vítima foi atingida por um golpe único de faca na região supraclavicular. O laudo de necrópsia apontou que o ferimento teve trajetória oblíqua, transfixando o esterno e atingindo o tronco braquiocefálico, sendo aplicado com “força considerável”, o que provocou hemorragia interna maciça e choque hipovolêmico agudo.

 

A investigação, realizada pela Delegacia de Alta Floresta, indica que, após uma discussão, a suspeita desferiu o golpe fatal e deixou o local, confessando o ato a familiares.

 

Ela compareceu à Delegacia da Polícia Civil apenas dois dias depois, acompanhada de um advogado, alegando legítima defesa. Contudo, não foram identificadas lesões nela, tampouco sinais de luta no ambiente, e a natureza do golpe, único, profundo, direcionado a região vital e aplicado com força intensa, contradiz a versão apresentada.

 

“Relatos colhidos apontam histórico de conflitos e agressões anteriores praticadas pela suspeita contra a própria vítima, e um familiar chegou a afirmar que a apresentação tardia ocorreu deliberadamente para evitar a prisão em flagrante”, disse o delegado André Victor de Oliveira Leite.

 

Diante da gravidade do crime, do risco de reiteração e da necessidade de resguardar a instrução, já que familiares omitiram o paradeiro da suspeita para evitar o flagrante e não entregaram seu aparelho celular, considerado essencial à investigação, o delegado André Victor representou pela prisão preventiva da companheira de Renato da Silva Rosa, que foi decretada pela Justiça e cumprida nessa segunda-feira (17).

 

As investigações continuam para esclarecer todas as circunstâncias e possíveis tentativas de interferência na investigação.

 

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