LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO
A SES (Secretaria de Estado de Saúde) suspendeu o chamamento público para contratação de uma OSS (Organização Social de Saúde) para administrar o MT Hemocentro. Segundo informações da assessoria da pasta, o processo foi suspenso provisoriamente por uma questão orçamentária do Governo do Estado.
A assessoria afirmou que assim que o equilíbrio financeiro da pasta for restabelecido, o chamamento será reaberto e que a decisão publicada no Diário Oficial que circulou na última sexta-feira (14) não exclui o Hemocentro dos planos do Estado de terceirizar a gestão de todas as unidades de saúde sob a sua gestão.
Os servidores do Hemocentro são abertamente contra o que chamam de “privatização” do banco de sangue do Estado e já realizaram atos contra a decisão do governo. A opinião é compartilhada pelos doadores e pacientes que precisam dos serviços da unidade.
Eles afirmam que, ao dar continuidade ao processo de terceirização da gestão, a SES contraria a decisão tomada pelo Conselho Estadual de Saúde, no dia 1º de agosto, de não mais passar o Hemocentro para as mãos de uma OSS.
SucateamentoRecentemente, o Hemocentro tem sofrido com falta de insumos necessários para manter a qualidade no atendimento dos pacientes que dependem diariamente dos serviços prestados pelo banco de sangue. Na semana passada, a falta de reagentes para realização de exames básicos prejudicou o atendimento de pacientes e a liberação de 300 bolsas de sangue coletadas –
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Os funcionários têm denunciado inúmeras irregularidades no local e entraram em greve por tempo indeterminado, no último mês, cobrando pelo fim da “privatização” dos serviços e retomada do diálogo por parte do Estado.
Para os servidores, o Estado tem forçado o “sucateamento” da unidade, a fim de justificar a transferência da unidade para uma OSS.
Decisão tomadaApesar dos constantes protestos e insatisfação declarada dos funcionários, a SES afirmou que continuará com o processo por se tratar de uma política do Governo do Estado de buscar parcerias com OSS em todas as unidades sob sua gestão.
A assessoria da SES afirmou que o Estado está dentro de suas prerrogativas legais e que não mais irá discutir o assunto