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05.03.2013 | 08h40 Tamanho do texto A- A+

Prefeitura proíbe uso de alto falante dentro de ônibus coletivo

Lei causou polêmica com usuários; MTU vai verificar constitucionalidade

Thiago Bergamasco/MidiaNews

Prefeitura proíbe uso de alto falantes dentro no ônibus coletivo em Cuiabá

Prefeitura proíbe uso de alto falantes dentro no ônibus coletivo em Cuiabá

KATIANA PEREIRA
DA REDAÇÃO

O prefeito Mauro Mendes (PSB) sancionou a lei municipal nº 5.629/2013, que dispõe sobre a proibição de uso de aparelhos sonoros no modo alto falante no interior de veículos de transporte coletivo.

A lei tem o objetivo de proibir usuários de ouvirem músicas ou similares no interior de ônibus e microônibus do transporte coletivo. Os usuários podem usar fones de ouvido.

A lei determina que as empresas concessionárias do transporte coletivo municipal deverão avisar os usuários, com cartazes, advertindo que a prática é uma infração.

Segundo a lei, o usuário que negar-se a desligar o aparelho deverá ser retirado do interior do veículo. Caso seja impossível retirar o infrator por meio do diálogo, deverá o representante da empresa solicitar a presença de uma autoridade policial.

Os passageiros que se recusarem a cumprir a determinação e também a empresa que não coibir a infração poderão ser punidos com advertência pública, multa de 50 vezes o valor da passagem e ainda multa de 100 vezes o valor da passagem.

Em valores, levando-se em conta o preço atual da passagem de R$ 2,95, as multas poderão ser de 50 passagens, equivalente a R$ 147,50, ou 100 passagens, que corresponde a R$ 295.

Os usuários de transporte coletivo municipal que se sentirem prejudicados deverão protocolar reclamação na Prefeitura Municipal contra a empresa concessionária que não coibir o uso do som alto.

Polêmica

A lei causou polêmica e foi recebida como uma necessidade para alguns usuários do transporte coletivo. Outros acharam que pode ser encarada como uma afronta.

O servidor público Hosan Monteiro, por exemplo, discorda da lei. “Eu acho que o prefeito deveria se preocupar com coisas mais importantes, como a situação caótica justamente dos ônibus e das ruas. Proibir alto falante só se for insuportável e ser considerado perturbação pública; do contrário, a liberdade deve ser plena”, disse.

Já a publicitária Fernanda Fernandes acredita que a medida é lei é válida, porém admite que a fiscalização pode ser difícil.

“A lei é boa. Acho que é falta de respeito quem escuta som alto no ônibus. Ninguém é obrigado a ouvir a música dos outros. As pessoas, felizmente, possuem gostos diferentes, me incomoda muito. Incomoda mais ainda quando o próprio ônibus possui cobrador com caixa de som, obrigando a gente a ouvir as músicas deles. Acho boa a ideia de proibirem. Só quero ver como o motorista vai fazer quando entrar a molecada de colégio com som alto. Vai ser difícil fiscalizar”, disse.

Outro lado

A Associação Mato-grossense dos Transportadores Urbanos (MTU) disse que vai verificar com o setor jurídico se a lei é constitucional. 

Segundo a MTU, a fiscalização neste caso pode ser um problema difícil de fazer a lei ser cumprida.

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COMENTÁRIOS
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Cristina  25.04.13 11h00
Acho super válida a Lei, tendo em vista que constitucionalmente o meu direito acaba quando coincide com o do outro, ou seja, eu tenho direitos e deveres assim como todo cidadão, sendo assim, não sou obrigado a ouvir o que outros acham bom, sendo que eu não o acho.
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COSTA  06.03.13 08h21
Deveriam determinar a lei da ponderação de voz... para aqueles sem noção que não falam... e sim gritam achando que todos devem ouvir as insignificancias que tem a dizer... como o povo que usa o onibus coletivo sofre...aff! sem ar... sem espaço... e muito barulho...
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MARCIA  06.03.13 06h21
Gostei dessa lei, agora falta o MM criar uma lei que obriga os venderores (ex-cobradores) de cartão SIMPLES devolver o troco de R$0,5 (cinco centavos) para o usuario, parece não ser nada. mas de cinco em cinco o trabalhador está no prejuizo. Já os vendedores do cartão tem o seu lucro, lembrando do velho dito popular "de grão em grão a galinha enche o papo".
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Lisandro Peixoto Filho  05.03.13 21h30
Duro é aguentar pregação e cântigos religiosos dentro dos coletivos. Deveriam os vereadores preocupar com a qualidade dos coletivos, que além de quentes, também barulhentos, numa cidade com média de temperatura de 35ºC. Coletivo em Cuiabá é um local de tortura aos usuários e ao condutor.
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Julio  05.03.13 16h55
Finalmente estaremos livres das música de péssimo gosto que saem desses alto-falantes.
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