Cuiabá, Segunda-Feira, 7 de Julho de 2025
HISTÓRIAS QUE INSPIRAM
12.03.2025 | 10h57 Tamanho do texto A- A+

Projeto homenageia mulheres de resistência em Cuiabá

Evento destaca trajetórias inspiradoras em crônicas narradas

Reprodução

Mulheres que serão homenageadas durante evento

Mulheres que serão homenageadas durante evento

DA REDAÇÃO

 

Mulheres diversas da Grande Cuiabá são homenageadas por meio de suas histórias de vida, com vídeos em formato de crônicas narradas.

A terceira temporada do Projeto Mulheres de (Re)Existência será lançada no próximo dia 2 de abril, no Teatro do Cerrado Zulmira Canavarros, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, em Cuiabá.


O evento vai homenagear mulheres de diferentes áreas de atuação com vídeos produzidos em formato de crônicas narradas. A coletânea viva conta histórias que se entrelaçam com imagens e muitos sentimentos.

 

O Projeto Mulheres de (Re)Existência é uma iniciativa da poeta e escritora Dani Paula, que busca, por meio de uma poesia que vai além dos versos tradicionais, registrar o olhar e as histórias de mulheres em suas múltiplas dimensões. Esta edição da série foi produzida em Mato Grosso com apoio do Deputado Paulo Araújo, Instituto Brasil, Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) e Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT).

 

Narrativa viva

 

Os vídeos, criações do cineasta Luiz Marchetti, registram experiências envolventes para o público; a direção executiva é de Clair Velozo. Os dez episódios têm narração da própria idealizadora do Projeto, Dani Paula, trilha sonora da cantora Estela Ceregatti e produção musical de John Stuart.

 

Ao reunir dez mulheres, o Projeto celebra a pluralidade das histórias e propõe uma viagem sensível e íntima pelo universo feminino. Cada personagem revisita relatos, vivências e reflexões que revelam trajetórias de resistência, transformação e (Re)Existência. A poesia, neste contexto, torna-se o instrumento que capta a essência das experiências e imprime nelas a marca da memória e da identidade.

 

Segundo Dani Paula, ouvir as memórias dessas mulheres foi uma celebração. “ Para mim, poder recontá-las através da minha poesia foi, sem dúvida, um dos maiores presentes que a vida me deu. Uma honra poder honrar essas vidas femininas que existem resistindo e nos ensinando”, afirma.

 

O olhar das personagens

 

As crônicas dão voz a sentimentos muitas vezes silenciados, enquanto as imagens complementam a narrativa, oferecendo um registro visual que intensifica a emoção e aproxima o público dessas realidades.

 

Para o cineasta Luiz Marchetti, o Projeto foi um grande encontro de dez mulheres. ”Mulheres faróis, referências que iluminam o coletivo e de todas as pessoas que têm o privilégio de chegar até elas. Cada encontro foi uma verdadeira aula”, resume ele.

 

Entre as dez personagens do Projeto, há mulheres brancas, negras e ribeirinhas. Pessoas públicas e anônimas: a esposa que se transformou em política; advogadas que viraram defensora dos direitos humanos; a professora revolucionária; a voluntária; a artesã rendeira; a benzedeira/bailarina, mestra da nossa cultura; a artista musical - rainha do rodeio, e a catadora de lixo que hoje é educadora ambiental. 

 

Espaço de reflexão

 

Mais que um registro, o Projeto Mulheres de (Re)Existência é um convite ao diálogo e à reflexão. Ele convida cada espectador a mergulhar nas narrativas, a sentir a intensidade dos olhares e a consciência de que cada história é um ponto de partida para novas formas de ver o mundo. Assim, o Projeto transforma a arte em ferramenta de empoderamento, mostrando que existir é, por si só, um ato revolucionário.

O Projeto Mulheres de (Re)Existência compõe um mosaico único de (Re)existência feminina.

Venha refletir com a gente.


Homenageadas

Ana Emilia Iponema Sotero - Professora, Advogada e Assessora da Cemulher-MT. Referência de Direitos Humanos no Estado. Dedicada ao tema violência doméstica: a importância do acolhimento à vítima, é uma defensora da escuta e do atendimento humanizado às vítimas.

 

Celcita Rosa Pinheiro da Silva - Política brasileira. Foi deputada federal; casada com ex-senador Jonas Pinheiro. Esposa, mãe e como pessoa pública, defendeu centenas de mulheres a terem as suas casas próprias. Prática e resolutiva, delicada e sensível, apoiou a independência feminina.

 

Maria Aparecida Do Nascimento - Conhecida como Cidinha.  De catadora de lixo, se tornou educadora ambiental. A recicladora utiliza seu trabalho como instrumento social e ambiental. Transforma o que é jogado fora em renda, a ela e outras famílias. Sonha com um mundo mais limpo, de justiça.

 

Domingas Leonor da Silva - Ou ‘Dona Domingas’, como é carinhosamente chamada por amigos e parentes. Sinônimo de resistência. Artesã, produtora cultural e dançarina brasileira.  Guardiã da cultura mato-grossense, é fundadora do Grupo Flor Ribeirinha. Em seu quintal, constrói o próprio viver com sonhos e ambições e prepara o terreno para seus filhos e netos.

 

Ida Festa Avallone - Dona Ida. A mulher que tem festa em seu sobrenome é dona também de uma gramática impecável e um vocabulário de amor. Revolucionária em atitudes, foi a primeira mulher a aprender a dirigir em sua cidade e usava calça, à época, onde todas se vestiam de saias. A professora é dona de biografia em livro.

 

Janaina Santana de Oliveira - Mãe, esposa, presidente da Associação de Apoio aos Pacientes Oncológicos de Cuiabá. Habilidosa, desvia do sofrimento e cultiva o otimismo. Após driblar a morte, vive para servir. Janaina é sinônimo de generosidade e doação.

 

Jilaine Maria da Silva Brito - Redeira, arteira de fios que embalam a gente. A mulher da roça virou artesã. As criações dela e de outras mulheres que fazem parte da Associação já ganharam o mundo. E essa ‘rede’ só aumenta com o ofício sendo passado para as filhas. De geração em geração, a missão vai sendo concretizada.

 

Margarida Xavier da Cruz - A Flor Morena. Tão bonita quanto o apelido. Margarida, a flor, serve de inspiração para românticos e poetas. Flor Morena é compositora e cantora mato-grossense. Mulher valente, 1defende a cultura mato-grossense. Rainha do rodeio, dona do rasqueado, embalando suas canções, honrando o linguajar cuiabano.

 

Rosana Leite Antunes de Barros - A servidora pública é defensora. Para além da pública, àquela que resguarda o íntimo da Justiça. Atua em defesa da mulher. Filha, esposa, mãe e profissional, Rosana também é escritora. Feminista não só na causa, é uma Senhora da Justiça.

 

Sirlei Terezinha Theis de Almeida - Uma sobrevivente. Sirlei venceu um câncer na tireoide, a ausência inesperada de um pai, a separação precoce da mãe, a solidão em casas que não representavam seu lar, a violência doméstica. Sirlei hoje está terapeuta, escritora, palestrante e é idealizadora do projeto Supere-se.

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