Encerrando a programação da 13ª edição, o Festival de Siriri apresenta neste domingo (19), a partir das 19h, mais quatro grupos que estão na competição. A festa popular, que tem reunido milhares de pessoas, ocorre no Espaço Liu Arruda, em frente ao Museu do Rio “Hid Alfredo Scaff", na Orla do Porto, com entrada gratuita.
O Grupo Folclórico Voa Tuiuiú é o primeiro a se apresentar nesta noite. Criado em abril de 2008, tem o objetivo de proporcionar lazer e cultura aos jovens e crianças da comunidade do Itapajé.
A trajetória teve início durante 1ª Festa de Santo Expedito, idealizada pelo grupo de jovens da comunidade católica de Imaculada Conceição e Santo Expedito.
A partir daí, os convites não pararam mais. Alguns dos componentes já participaram de edições anteriores do Festival Cururu e Siriri e, após essa experiência, o Grupo iniciou seu processo de estruturação.
Hoje, com 11 anos de existência, já é considerado um dos principais grupos folclóricos do Estado. A presidência é ocupada atualmente por Osmar Arruda.
Os Santos Padroeiros do Grupo Folclórico Voa Tuiuiú são Santo Expedito e Nossa Senhora Imaculada Conceição, definindo assim as cores predominantes da agremiação: vermelho, branco, azul e preto.
Já as figuras lendárias é o tradicional Boi à Serra e o Índio Itapajé que carrega consigo uma pedra, simbolizando o nome de nossa comunidade Ita= Pedra Pajé= Índio, tão logo sua figura símbolo é o Tuiuiú.
Os figurinos sempre têm detalhes de pena, simbolizando o Índio em suas vestimentas e também representando o pássaro símbolo do Pantanal.
Em seguida entra em cena o Grupo de Siriri Tradição Coxiponé – que é a expressão principal da Associação Cultural - fundada em março de 2008 no seio da EMEBC Nossa Senhora da Penha de França, do Distrito do Coxipó do Ouro, e com a participação das comunidades.
Nos últimos anos a agremiação se volta às atividades festivas das comunidades e tem se apresentado em diversos eventos. A devoção do grupo é à Nossa Senhora da Penha de França, acompanhada de São Benedito e Senhor Divino.
Como figuras lendárias, apresenta o Boi e os personagens principais da colonização: o indígena coxiponé, o negro africano e o bandeirante paulista.
O terceiro a se apresentar é Grupo Flor do Campo, fundado por Dona Matilde, legitima cuiabana que aprendeu a dançar o siriri desde que se entendeu por gente. Nascido em um dos lugares mais ‘raiz’ de Cuiabá, a Ponte do Coxipó, teve como precursores a família da Dona Matilde e amigos como os mestres da cultura popular Luiz Marques, Domingas, Antônia e seu Candí.
Não por acaso sua liderança feminina, negra e ancestral, mantém o grupo vivo e lutando pela tradição e por ela continuará sendo raiz e repassada de geração para geração.
O Flor do Campo honra a herança dos siriris de devoção aos santos São Benedito, São Sebastião, Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora do Rosário e tantos outros praticados nos quintais. Além disso, traz como figura lendária o Boi à Serra - representação folclórica presente no siriri cuiabano, principalmente como uma brincadeira nas rodas e homenagem ao Pantanal.
O último a promover o espetáculo na arena do Festival de 2019 é Grupo Folclórico Raízes Cuiabana - fundado em 2003 com objetivo difundir e preservar a dança de cururu e siriri passados de pais para filhos. Criada pelas irmãs Souza e a matriarca Adelia, a agremiação já participou de diversas apresentações, entre elas 8 edições do Festival de Cururu e Siriri.
Atualmente possui 12 casais de dançarinos, 4 tocadores, 4 vocais, 8 apoios e 2 figuras lendárias. Tendo o rosa, branco, dourado e preto como cores predominantes, o Raízes homenageia os Santos de devoção Nossa Senhora da Guia e São Benedito e as Figuras lendárias são o boi e o minhocão.
Quesitos
Com o corpo de jurados formado por 12 membros, entre eles músicos, artistas e estudiosos da cultura popular, pessoas de notório saber e efetiva militância no campo de arte popular, especialmente cururu e siriri. Os membros da comissão de avaliação não têm vínculos com qualquer grupo de siriri concorrente.
Os grupos serão avaliados pelo conjunto da obra e quesitos específicos, como canto e dança. Entre os itens estão a execução instrumental (afinação, ritmo e adequação), interpretação e composição (letra e melodia).
Na dança serão observados a coreografia (harmonia, evolução e empolgação), figurino e adereço (tecido, criatividades e adequação). Outro ponto de destaque será a apresentação da figura lendária de cada grupo, na qual será avaliado a mobilidade, performance e originalidade.
Exposição e feira
A 13ª edição também conta com exposição fotográfica temática ao festival, com imagens de acervo dos próprios grupos participantes, que estão disponíveis para apreciação do público, feira de artesanato (chinelos, colares, bolos, tapioca, roupas, doces, tapetes, reproduções sacras, compotas, porções de pixé, entre outros) em parceria com a Secretaria Municipal de Agricultura, Trabalho e Desenvolvimento Econômico, e praça de alimentação – com culinária local.
O Festival é uma realização da Prefeitura de Cuiabá, por meio de Secretaria de Cultura, Esporte e Turismo, e Central de Eventos CorDeMato. Conta ainda com apoio do Governo Federal, por meio da Secretaria Especial da Cultura – Ministério da Cidadania.
Serviço
13º Festival de Siriri
Dias: Domingo (19), às 19h
Local: Espaço Liu Arruda, no Museu do Rio “Hid Alfredo Scaff", – Orla do Porto
Entrada gratuita
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