Eduardo Cristian
O contador Eduardo Cristian Martins Corrêa do Nascimento, de 30 anos, foi preso na manhã desta terça-feira (11), alvo da Operação Domínio Fantasma, que investiga um esquema de fraudes eletrônicas e a criação de empresas de fachada utilizadas para lavagem de dinheiro obtido com atividades ilícitas.
Com mais de 7 mil seguidores em seu perfil no Instagram, Eduardo se apresentava na rede social como contador digital especializado em dropshipping e iGaming (jogos de azar online). Em suas publicações, afirmava ter criado mais de 4 mil CNPJs em todo o país.
Ele também se identificava como fundador da empresa EMX – Contabilidade para Empresários Digitais. Nas redes sociais, publicava vídeos sobre gestão contábil e empresarial, nos quais dava dicas para “blindar” o patrimônio e reduzir o pagamento de impostos.
Além do conteúdo voltado à contabilidade, o empresário também exibia uma rotina de ostentação, com vídeos de viagens e lazer, como esqui na Patagônia (Argentina), passeio de helicóptero pelo Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, e viagem de barco em Dubai.
Com publicações frequentes nas redes, afirmava já ter visitado nove países. Em suas postagens, costumava escrever frases motivacionais, como: “Nada destinado a você fugirá de você” e “Você nunca vai se arrepender de investir em você, viajar, fazer mais dinheiro, não desistir e tomar decisões que a maioria não teria coragem de tomar.”
Operação
A Operação Domínio Fantasma foi deflagrada nas cidades de Cuiabá e Sorriso pela Delegacia de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI) da Polícia Civil de Mato Grosso.
Eduardo deve responder pelos crimes de associação criminosa, fraudes eletrônicas, lavagem de dinheiro e crime contra as relações de consumo.
Além do mandado de prisão contra o contador, a Polícia Civil cumpriu duas medidas cautelares diversas de prisão, mandados de sequestro de valores que somam R$ 5 milhões, bloqueio de imóveis e cinco mandados de sequestro de veículos de luxo.
Ao todo, foram 33 ordens judiciais cumpridas, com o objetivo de desarticular o grupo criminoso que utilizava empresas de fachada para lavar milhões de reais obtidos por meio de fraudes eletrônicas.
De acordo com as investigações, o grupo criava CNPJs em nome de “laranjas”, geralmente jovens de baixa renda residentes fora de Mato Grosso, que serviam de fachada. Esses CNPJs eram usados para registrar sites de e-commerce falsos, em diferentes segmentos, como brinquedos, roupas femininas e masculinas, entre outros.
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