A advogada mato-grossense Mirian Ribeiro classificou como “inverídica”, com “acusações infundadas” e “interpretações distorcidas”, a reportagem da revista Piauí que a aponta como detentora de um alto índice de vitórias em processos no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Natural de Primavera do Leste, Mirian é esposa do lobista Andreson de Oliveira Gonçalves, apontado como suspeito de operar um suposto “comércio de decisões” no STJ e no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT).
A matéria, assinada pelo repórter Breno Pires, foi publicada na semana passada.
Mirian se manifestou por meio de nota à imprensa nesta terça-feira (11). Segundo a advogada, a reportagem tem conteúdo “sensacionalista e fantasioso”.
“A referida matéria utilizou imagens pessoais e expressões que atentam contra a honra, o profissionalismo e a reputação construída ao longo de mais de 25 anos de exercício da advocacia”, afirmou.
“Repudio veementemente o conteúdo sensacionalista e fantasioso publicado pela revista, que desconsidera minha trajetória e desrespeita toda a classe de advogados, ao induzir que a competência desses profissionais seria medida pelo status social de seus escritórios ou por sua localização geográfica, e não por sua capacidade técnica e ética”, acrescentou.
A Piauí afirmou que Mirian teria atuado em 201 processos no STJ, sendo 47 deles relatados por um único ministro, número que, segundo a revista, não se justificaria apenas pela área de atuação da advogada.
Das 47 ações sob relatoria do ministro, a matéria aponta que Mirian venceu 29, o que representaria um índice de 72,5% de êxito. Em outros gabinetes, conforme o texto, sua taxa de sucesso cairia para 43,5%. A publicação também afirma que, em 16 desses 47 processos, ela só teria sido contratada após o caso ser distribuído ao gabinete específico.
Sem denúncia
Na nota, Mirian afirma ainda que nem a Procuradoria-Geral da República, nem a Polícia Federal, fizeram qualquer apontamento formal sobre sua suposta participação no esquema de venda de decisões que teria o marido como “epicentro”.
“É importante esclarecer aos leitores que, ao contrário do que sugere a reportagem, não existe qualquer denúncia formal ou acusação apresentada contra a profissional. A matéria, de forma irresponsável, tenta vinculá-la como protagonista ou ‘vilã’ de uma investigação não concluída”, disse.
Confira nota na íntegra:
A advogada Mirian Ribeiro vem a público manifestar-se em relação às recentes notícias veiculadas em mídias nacional, estadual e municipal, especialmente à reportagem publicada na edição 230 da Revista Piauí, de novembro de 2025, e demais veículos que republicaram totalmente ou parcialmente o conteúdo, que trouxe à luz uma série de informações inverídicas, acusações infundadas e interpretações distorcidas sobre sua trajetória profissional e pessoal.
A referida matéria utilizou imagens pessoais e expressões que atentam contra a honra, o profissionalismo e a reputação construída ao longo de mais de 25 anos de exercício da advocacia, período em que Mirian Ribeiro sempre pautou sua atuação pela ética, seriedade e respeito aos seus clientes e à Justiça.
Com atuação destacada nas áreas empresarial, civil e pública, a advogada tem escritório em Brasília desde 2002, estendendo sua atuação a diversos estados da federação. Nesse contexto, repudia veementemente o conteúdo sensacionalista e fantasioso publicado pela referida revista, que desconsidera sua trajetória e desrespeita toda a classe de advogados, ao induzir que a competência desses profissionais seria medida pelo status social de seus escritórios ou por sua localização geográfica e não por sua capacidade técnica e ética. Tal narrativa reforça a equivocada ideia de que apenas advogados de grandes escritórios sediados na capital nacional poderiam atuar nos tribunais superiores, desmerecendo profissionais de todos os demais estados do país. Além disso, o texto além de violar o sigilo das investigações, promove ataque de cunho pessoal, com conclusões equivocadas de um inquérito ainda em andamento, sem qualquer conclusão sobre as hipóteses investigativas formuladas.
É importante esclarecer aos leitores que, ao contrário do que sugere a reportagem, não existe qualquer denúncia formal ou acusação apresentada contra a profissional. A matéria, de forma irresponsável, tenta vinculá-la como protagonista ou “vilã” de uma investigação não concluída e cuja a própria PGR já recomendou que as autoridades investigativas delimitem com clareza os pontos de investigação com as respectivas provas.
Destaca-se, ainda, que o jornalista responsável pela publicação ultrapassou os limites éticos e legais da profissão, ao tentar abordar funcionários do escritório e inclusive adentrar o condomínio residencial onde reside advogada, configurando grave violação à privacidade e ao respeito pessoal, em busca de declarações indevidas.
Por fim, Mirian Ribeiro reafirma, seu compromisso com o exercício ético e responsável da advocacia, com seus clientes, confiando que a verdade prevalecerá ao término das apurações competentes.
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