Cuiabá, Terça-Feira, 11 de Novembro de 2025
FRAUDES E LAVAGEM
11.11.2025 | 10h00 Tamanho do texto A- A+

Polícia apreende Porsche, arma e R$ 5 milhões em operação

Contador é principal alvo da Operação Domínio Fantasma, que desarticulou um esquema milionário

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Porche, Mercedes e Ford Fusion, apreendidos pela Polícia

Porche, Mercedes e Ford Fusion, apreendidos pela Polícia

ANDRELINA BRAZ E LIZ BRUNETTO
DA REDAÇÃO

Carros de luxo, arma e um quadro com dinheiro emoldurado estão entre os itens apreendidos na manhã desta terça-feira (11) pela Polícia Civil, durante a Operação Domínio Fantasma, deflagrada em Cuiabá e Sorriso.

 

A operação cumpriu 33 ordens judiciais, com foco na desarticulação de um esquema milionário de fraudes eletrônicas e criação de empresas de fachada para a lavagem de dinheiro obtido com o crime.

 

Entre os mandados expedidos estão um de prisão preventiva, contra um contador, apontado como o mentor do esquema, além de duas medidas cautelares de prisão, bloqueio de valores que somam R$ 5 milhões e sequestro de bens e imóveis.

 

Entre os itens apreendidos pela Polícia Civil estão três veículos de luxo: uma Porsche Cayenne SUV, uma Mercedes-Benz GLA 200 e um Ford Fusion sedã. Os veículos somados ultrapassam R$1 milhão.

 

Além dos veículos, os policiais encontraram, no escritório do principal alvo, um quadro com notas de R$ 100 emolduradas. A composição exibida no objeto representaria cerca de R$ 100 mil em espécie.

 

O esquema

 

O principal investigado se apresentava no Instagram como contador digital especializado em dropshipping , que consiste em um modelo de comércio eletrônico no qual o vendedor não mantém estoque próprio, atuando apenas como intermediário entre o fornecedor e o consumidor, e em iGaming, segmento de jogos de azar pela internet.

 

Para praticar os golpes, ele criava CNPJs em nome de “laranjas”, geralmente jovens de baixa renda residentes fora de Mato Grosso, que serviam de fachada para o esquema.

 

Esses CNPJs eram utilizados para registrar sites de e-commerce falsos, em diferentes segmentos, como brinquedos, roupas femininas e masculinas, entre outros.

 

Os sites falsos eram impulsionados por anúncios patrocinados em plataformas digitais. Em um dos casos, os criminosos clonaram o site de uma marca famosa de cosméticos, enganando consumidores que realizavam compras online.

 

A investigação começou após a equipe da Delegacia de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI) receber um alerta da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) sobre a criação massiva de empresas por um único contador, a maioria delas cadastrada em um mesmo endereço em Cuiabá.

 

Veja:

 

 

 

 

 

Leia mais:

 

Polícia desmonta esquema milionário de sites falsos em Cuiabá

 

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