Cuiabá, Sábado, 2 de Agosto de 2025
COLNIZA
26.04.2017 | 14h51 Tamanho do texto A- A+

Secretário diz que chacina ocorreu por conflito entre invasores

Terras foram conferidas a uma associação de agricultores pelo Tribunal de Justiça

Marcus Mesquita/MidiaNews

O secretário de Estado de Segurança Pública, Rogers Jarbas

O secretário de Estado de Segurança Pública, Rogers Jarbas

VINICIUS MENDES
DA REDAÇÃO

O secretário de Estado de Segurança Pública, Roger Jarbas, afirmou, nesta quarta-feira (25), que a chacina ocorrida em Colniza (1.065 km de Cuiabá) foi motivada por conflitos entre invasores de terras - e não teria envolvido supostos proprietários. Nove pessoas foram assassinadas.

 

A informação foi dada em uma entrevista à Radio Centro América FM.

 

“Ali não há um conflito entre um suposto possuidor e um que está agora integrando aquela área. É um conflito entre invasores, entre pessoas que estão buscando pela propriedade, mas não há título [de propriedade]. Ali ainda não tem título”, explica Jarbas.

 

Segundo ele aquela é uma área privada que foi conferida pelo Tribunal de Justiça a uma associação de agricultores.

 

É um conflito entre invasores, entre pessoas que estão buscando pela propriedade

O secretário também contou que, pelo fato de a região ser isolada, houve uma grande dificuldade de acesso das equipes de resgate e investigação. 

 

Para se chegar à gleba Taquaruçu, segundo ele, leva-se de oito a nove horas de estrada a partir de Colniza, pegando então uma embarcação e seguindo por um trecho no rio.

 

Ainda conforme o secretário, depois é preciso atravessar um pedaço de floresta com a embarcação nas costas, para alcançar outro rio e seguir. Só depois é que se chega à região onde ocorreu a chacina.

 

“Estavam em um período de chuvas, e a dificuldade de acesso à informação é muito grande naquela região. Então, a partir do momento em que o sistema de segurança pública soube dos fatos, nós imediatamente deslocamos 32 profissionais, uma força tarefa para aquela região”, conta o secretário.

 

Os assassinatos ocorreram por volta das 18h do dia 19 de abril, mas a informação só chegou às autoridades no dia seguinte, em razão da dificuldade de comunicação.

 

O secretário também enfatizou que o caso não é só uma questão de segurança pública, mas também fundiária.

 

“Para se ter uma ideia, o governador determinou que se monte um escritório do Intermat [Instituto de Terras de Mato Grosso] naquela região, para tratar da temática fundiária com aquelas pessoas”, disse.

 

Segundo ele, o Intermat vai entregar 50 mil títulos de terra já nos próximos meses. A investigação ainda continua e o secretário não quis divulgar os nomes nem a quantidade de suspeitos para não prejudicar os trabalhos.

 

Ele também garantiu que a segurança será reforçada no local e que a força tarefa já presente continuará na região para acelerar as investigações até os suspeitos serem presos.

 

“É tamanha a vontade dos nossos profissionais naquela região, que eu posso afirmar categoricamente, nós vamos prender não apenas os executores, mas vamos prender os mandantes”, afirmou Jarbas.

 

Leia mais sobre o assunto:

 

Polícia Civil confirma nove mortos em chacina em Colniza

 

Perícia identifica seis dos nove mortos na chacina de Colniza

 

Polícia já tem nomes de suspeitos por chacina

Entre no grupo do MidiaNews no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).




Clique aqui e faça seu comentário


COMENTÁRIOS
0 Comentário(s).

COMENTE
Nome:
E-Mail:
Dados opcionais:
Comentário:
Marque "Não sou um robô:"
ATENÇÃO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do MidiaNews. Comentários ofensivos, que violem a lei ou o direito de terceiros, serão vetados pelo moderador.

FECHAR

Preencha o formulário e seja o primeiro a comentar esta notícia