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RGA
07.06.2017 | 10h05 Tamanho do texto A- A+

Servidores iniciam paralisação de 24 horas e fazem ato na AL

Eles pedem o pagamento da Revisão Geral Anual sobre os salários referente ao ano de 2016

Alair Ribeiro/MidiaNews

Servidores estão reunidos em frente a Assembleia Legislativa de Mato Grosso

Servidores estão reunidos em frente a Assembleia Legislativa de Mato Grosso

JAD LARANJEIRA E THAIZA ASSUNÇÃO
DA REDAÇÃO

Parte dos servidores públicos do Estado cruzou os braços, como o prometido, e está realizando um protesto em frente à Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (7).

 

Eles cobram a reposição salarial referente ao pagamento integral da Revisão Geral Anual (RGA), de  6,58%, conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de janeiro a dezembro de 2016.

 

Segundo o integrante do Fórum Sindical Antônio Vagner de Oliveira, servidores de 23 categorias estão no ato. Entre eles, professores, escrivães, delegados, profissionais da Saúde e do Meio Ambiente.

 

Os 30% dos serviços estão sendo mantidos, como exige a lei, segundo o sindicalista.

 

“Nós estamos pedindo hoje que os deputados devolvam o projeto da RGA para o Palácio Paiaguás, porque os deputados poderão mexer no projeto. E, caso isso ocorra, será considerado inconstitucional. A discussão tem que acontecer lá e não aqui”, diz Antônio.

 

Conforme a Polícia Militar, cerca de mil pessoas estão concentradas no local. A paralisação é de 24 horas, mas eles não descartam uma greve geral.

 

Os servidores devem permanecer durante o dia todo em frente à Assembleia, onde pretendem participar da sessão que deve acontecer ainda esta manhã.

 

A proposta do Governo

 

O governador Pedro Taques propôs dividir o pagamento da RGA em três parcelas - duas de 2,15% e uma de 2,14%. O primeiro pagamento ocorreria em janeiro de 2018. O segundo em abril e a último em setembro do próximo ano.

 

O Governo também adiantou uma proposta sobre a RGA de 2017, que pela lei deve ser paga em 2018. Apesar de ainda não haver os números da inflação, Taques apresentou uma estimativa de 4,19% e propôs também seu parcelamento.

 

O pagamento ocorreria em duas parcelas. A primeira de 2%, a ser paga em dezembro de 2018. A segunda de 2,14%, paga em março de 2019.

 

Segundo ele, a medida se faz necessária por conta da crise econômica.

 

Fórum

 

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O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep), Henrique Lopes

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep), Henrique Lopes, cobrou que o Governo apresente uma proposta ao Fórum Sindical.

 

“O Estado apenas divulgou na imprensa que estaria quitando a RGA de 2016 em três parcelas a partir de 2018, e isso é inadmissível”.

 

“Estamos vendo o Governo falando em crise e dizendo que não tem dinheiro para pagar RGA esse ano. Mas ao mesmo tempo estamos acompanhando o orçamento do Estado, onde eles estão prevendo conceder renúncia fiscal na ordem de mais de 3,5 bilhões no ano que vem. Isso é superior ao orçamento da Educação".

 

De acordo com Henrique, a categoria propõe que o Governo pague o restante da RGA de 2015 em uma única parcela neste mês de junho, e quite as referentes ao ano de 2016 este ano.

 

Deputado pede compreensão (Atualizado às 11h23)

 

Durante a manifestação, o deputado Gilmar Fabris (PSD), que pertence à base de sustentação do Paiaguás, se pronunciou e pediu que os servidores não façam greve e dêem credibilidade ao governador Pedro Taques.

Alair Ribeiro/ MidiaNews

gilmar fabris

O deputado Gilmar Fabris (PSD), que pertence à base de sustentação do Paiaguás

 

 

“Eu peço aos servidores que tenham compreensão. O Governo pede, nesse exato momento, um crédito para o servidor, para que no ano que vem ele já esteja pagando a RGA. E que levem em consideração que Mato Grosso é o segundo Estado da nação a pagar a RGA. E justiça seja feita: o governador disse na reunião: ‘Quero pagar a RGA. É uma questão minha pessoal. É um dinheiro do servidor, só quero que os senhores achem a maneira mais correta para se pagar’”.

 

O deputado pediu ainda para os trabalhadores colocarem a “mão na consciência” e que concordem com o parcelamento.

 

“Eu não acredito que o Governo quisesse guardar dinheiro para não pagar a RGA. Acho que o servidor, nesse momento, tinha que colocar a mão na consciência e concordar com o parcelamento. Até porque o Governo já demonstrou credibilidade uma vez, quando ele disse que ia pagar, e cumpriu. Não seria em 2018, ano eleitoral, que não iria cumprir”, disse.

 

Presidente da AL se reunirá com Fórum Sindical (Atualizado às 12h)

 

O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (PSB) - também da base governista - afirmou que irá se reunir com o Fórum Sindical nesta quarta-feira (7), às 16h, para discutir novas intermediações a respeito do pagamento da RGA.

 

Botelho, no entanto afirmou que se houver “radicalização” por parte dos servidores, encerrará as negociações.

 

“Nós estamos dialogando, e já houve algum avanço. Quero deixar bem claro que isso não teve nada a ver com a greve, nós já tínhamos construído isso antes. O pessoal do Fórum sabe disso. Então não estamos fazendo isso por conta da greve”, explicou.

 

“Inclusive nosso diálogo vai ser mantido com o governo, desde que não haja radicalizações. Se houver, nós vamos encerrar as negociações. Estou disposto a intermediar isso, desde que não haja radicalização de nenhum dos lados", informou.

 

 

 

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Gil Fábio  08.06.17 08h29
Defendo que uma irresponsabilidade falar em RGA integral em 2.017. Respeito os pleitos sindicais, afinal, está fazendo o seu papel, mas, como servidor, nada tenho a opor quanto ao pagamento parcelado, sobretudo, se considerarmos que em 03 (três) anos [2015, 2016 e 2017] serão quase 25% de incremento no vencimento à título de RGA, isso, sem falar em ganhos reais que as carreiras tiveram quando da gestão do encarcerado ex Governador. Com a crise econômica que estamos enfrentando defendo que garantir o que já foi conquistado é medida de bom senso, pois tais irresponsábilidades pode levar à derrocada do Estado, assim como ocorreu no RJ, MG e RS. Por isso, é preferível receber o salário em dia ao invés de ajudar a levar o financeiro do Estado à barrocada. Não sou boneco de ventríloco dos dirigentes sindicais, assim como outros servidores não o são. Logo, não são todos que apoiam a paralisação dos serviços públicos estaduais levando prejuízos à sociedade que mais sofre com crise que estamos enfrentando, esse movimento, de RGA integral, à toda custa, não me representa.
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Marcos   07.06.17 20h07
PQ esse deputado não coloca ele a mão na consciência e defenda menor participação na RCL aos poderes? pq enquanto os servidores dos outros poderes estão recebendo gratificações os do executivo estão recebendo é atrasado o salário. coloque a mãe na consciência sr. deputado e defenda isso junto aos seus.
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João  07.06.17 16h29
Fernando, negativo, não é maior que a inflação! Não paga alimentação, nem plano de saude, algumas empresas dão esses como beneficio, mais nada estipulado pela classe. Apenas o vale transporte que é de direito com desconto de 6% do salario.
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Carlos  07.06.17 15h57
Concederam RGA para os outros Poderes e sabiam do problema! Então, é obrigação dar para os servidores do executivo, também! Ora, todos são servidores do Estado. "Coméqpode" usar dois pesos e duas medidas?
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José fernandes  07.06.17 15h07
Em que mundo estes nobres vivem, estamos aqui na iniciativa literalmente na privada, amargando falências, RJ's, demissões, e esse pessoal preocupado com RGA esquecendo que ainda tem salarios em dia, licenças prêmios, média salarial mais alta, benefícios, estabilidade, etc. Bom senso... bom senso...
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