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12.08.2014 | 17h45 Tamanho do texto A- A+

SMTU aprova uso de armas não letais por “amarelinhos”

Categoria deve usar sprays de pimenta, bastões retráteis e “tasers”

Divulgação

Secretário da SMTU, Antenor Figueiredo: pasta apoia necessidade de uso de armas não letais por agentes de trânsito

Secretário da SMTU, Antenor Figueiredo: pasta apoia necessidade de uso de armas não letais por agentes de trânsito

LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO
A Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte Urbano (SMTU) se posicionou a favor do uso de armas não letais pelos agentes de trânsito da Capital, conhecidos como “amarelinhos”.

Os agentes defendem a aprovação do projeto de lei que permite à categoria andar armada, como forma de diminuir os conflitos constantes entre amarelinhos e motoristas.

"Eu sou a favor do respeito do motorista pelo agente de trânsito. Mas, como isso nem sempre existe, sou a favor das armas não letais"

O titular da SMTU, Antenor Figueiredo, afirmou que os amarelinhos se enquadram como agentes de segurança no trânsito e devem contar com o apoio de material não letal para garantir a sua própria segurança.

“Eu sou a favor do respeito do motorista pelo agente de trânsito. Mas, como isso nem sempre existe, sou a favor das armas não letais”, disse ao MidiaNews.

De acordo com Figueiredo, o Projeto de Lei apresentado pela categoria será encaminhado ao prefeito Mauro Mendes (PSB), para que ele regulamente qual tipo de arma poderá ser utilizada pelos agentes.

“Dentre as armas não letais, temos o bastão retrátil, o spray de pimenta e a pistola taser (arma de choque). Particularmente, considero a teaser uma arma letal, porque o impacto depende muito de como você a utiliza. Se depender de mim, pedirei para que não seja incluída”, afirmou.

"Não sabemos qual será a reação do munícipe ao chegarmos com uma pistola taser, por exemplo. Se ele estiver armado, poderá disparar contra o agente"

Segundo o representante da categoria e supervisor de Trânsito, Jeancarlo Costa Campos, o Projeto de Lei já se encontra na Procuradoria-Geral do Município (PGM), cuja avaliação deve durar cerca de 30 dias.

“Tudo indica que a resposta será positiva e que o Projeto de Lei logo será encaminhado à Câmara dos Vereadores, para votação. Na Câmara, já apresentei o projeto para 20 dos 25 vereadores e tenho certeza que teremos o apoio deles. Tudo isso deve estar regulamentado dentro de 60 dias”, disse.

Além das armas não letais, os agentes também solicitam a aquisição e uso de coletes à prova de balas.

“Não sabemos qual será a reação do munícipe ao chegarmos com uma pistola teaser, por exemplo. Se ele estiver armado, poderá disparar contra o agente”, exemplificou.

Preparação


Segundo Antenor Figueiredo, a pasta defende o armamento dos amarelinhos, desde que haja aprovação em cursos de capacitação e de reciclagem antes de conceder os materiais – ainda que não letais – a cada agente.

"Hoje, eu confesso que tem agente que não pode usar uma arma taser, por exemplo, por falta de preparo psicológico"

“Precisamos disso para vermos quem realmente pode andar armado. Hoje, eu confesso que tem agente que não pode usar uma arma taser, por exemplo, por falta de preparo psicológico”, disse.

Para o representante da categoria, os cursos de capacitação devem durar pelo menos seis meses e serem tão completos quanto àqueles feitos por militares para deterem a posse de arma.

“Temos que ter cursos de capacitação, teste psicotécnico e passar pela Polícia Federal para tirar o porte de arma. Sem isso, eu defendo que não podemos usar nem arma letal ou não letal. Ninguém pode sair armado na rua, ainda com um teaser, sem preparação. Já pensou utilizar um teaser de maneira equivocada em uma pessoa que passou por cirurgia de ponte safena, por exemplo?”, disse.

Diminuição da violência


Segundo o secretário de Transportes, Cuiabá conta com 189 agentes de trânsito (trabalho externo) e de transporte (trabalho interno).

A maioria do grupo trabalha nas ruas e são aqueles que mais ficam expostos à violência, segundo Campos, atuando em turnos das 6h à meia-noite.

"Não queremos maldade nenhuma para a sociedade. Queremos apenas precaver a nossa vida, porque pegamos munícipes alterados"


“Com a aprovação desse projeto de lei, a situação ficará mais sob controle. Acredito que diminuiremos essas ocorrências de agressões em 90%, se não mais”, afirmou.

O agente não acredita que o ato possa implicar em mais hostilidade entre a população e os amarelinhos e defende que é a forma encontrada pela categoria para impor respeito, como agentes de segurança no trânsito.

“Não queremos maldade nenhuma para a sociedade. Queremos apenas precaver a nossa vida, porque pegamos munícipes alterados”, disse.

O pedido pela regulamentação da carreira dos agentes ganhou mais força após a briga registrada no Centro da Capital, no dia 10 de julho, quando o agente Luiz Cláudio Nunes e o motorista Ezequiel Cândido trocaram socos e tapas, durante uma notificação de multa por estacionamento irregular – leia mais AQUI.

Leia mais sobre o assunto:


“Amarelinho” quer trabalhar armado nas ruas de Cuiabá

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COMENTÁRIOS
29 Comentário(s).

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Thiago Paquer  28.07.16 07h56
Bom esse SMTU é uma piada mesmo, minha esposa teve o carro rebocado por que deixou em local proibido, e eles até então estão certos de rebocarem por ela esta errada, só que a forma do procedimento deles foi errado eles não deixaram ela si quer tira a bolsa, chave de casa, controle remoto e nem o documento, e isso esta errado, não é assim, se fosse um homem eu acredito que isto não irai acontecer por que o pau ia pega e com razão, se sem arma não letal esta essa grosseria imagina eles armados. Os agentes tem que ser trinados saber dialogar, tem carros automáticos dentro do patio sendo arrastados todo momento, isto danifica o veiculo eu presenciei isto junto com minha esposa quando fui retirar meu carro, estão fazendo de tudo pra população se revoltar mesmo com os agentes, depois é a população que não tem educação.
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noel  17.08.14 11h21
A questão não é se o cidadão cumprem ou não a lei, mas sim a falta de educação desses agentes despreparados, eu se sou respeitado, respeito; simples assim
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alexandre  14.08.14 06h56
Espero que publiquem!!!! Está tudo errado, o fator preponderante seria a educação e civilidade de todos, seja o cidadão ou o servidor. O uso de equipamentos/armamentos "não letais" servem para o surgimento de mais irregularidades, abusos e por ai vai. Um policial para portar arma, o mesmo é submetido a um teste psicotécnico, e recebe treinamento e disciplina para utilizá-lo, e nem sempre o mal "servidor" cumpre a doutrina que lhe foi dada. Agora imaginem o possível "dedo leve" que esses servidores possam ter sem a devida formação, e a qualquer situação e "se fazer valer" por qualquer reclamação? O uso de toda e qualquer equipamento/armamento não letal tem consequências, e isso que tem que ser visto. E como penso e digo, tem que ser revisto o papel dos amarelinhos, dar a eles a devida formação como "orientadores e educadores de trânsito", devendo ser secundário o papel da autuação. Culpo também a política do Detran e da SMTU que não promove nenhuma campanha educativa para conscientizar e orientar o cidadão, colocaram as faixas de pedestres mas nem orientaram o cidadão (transeunte) e nem o condutor de veículo a quem tem preferência na faixa de pedestres, que tem sido uma tendência nas capitais. Quanto a o papel secundário dos Amarelinhos, eles para autuarem não precisão bater boca ou se imporem com "arrogância" a população, (pois a maioria age assim) basta apenas que cumpra seu papel, norteando seus atos pelo princípio da "urbanidade", pois mesmo que tiver que autuar alguém o faça com educação e respeito. E hoje existe no mercado tecnologia que permite a autuação por equipamentos eletrônicos portáteis que tiram foto e apontam a infração do condutor, sem meias palavras e sem contestação, pois está ali registrado, com foto, hora e local, não necessitando nem se quer de assinatura do autuado. Registro aqui que não sou contra os "Amarelinhos", são necessários a organização do trânsito na capital, mas que tenham a sua forma de atuação repensada e reorganizada, pois já presenciei a atuação deles quando os acionamos (sou servidor público)e a forma como agiram, chegando ao ponto de nem observar a "urbanidade".
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ROQUE MACEDOR  14.08.14 04h35
SR RENATO! COM RARÍSSIMAS EXCEÇÕES AMARELINHOS NÃO AGRIDEM NINGUÉM MUITO PELO CONTRÁRIO ELES É QUE SÃO AGREDIDOS. QUANTO AO SEU PROBLEMA DE CARDIOPATIA MAIS UM BOM MOTIVO PARA O SR ANDAR NA LINHA E NÃO COMETER INFRAÇÕES DE TRÂNSITO. E CASO VENHA A COMETÊ-LAS ASSUMA O SEU ERRO E FIQUE LONGE DOS AMARELINHOS.
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ROQUE MACEDO  14.08.14 04h26
EU SE FOSSE AMARELINHO SÓ IRIA TRABALHAR COM SPRAY DE PIMENTA E MAQUINA DE DAR CHOQUE. TRABALHAR NO SOL QUENTE E AINDA APANHAR E MOTORISTAS ESTRESSADINHOS NINGUÉM MERECE.
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