Cuiabá, Segunda-Feira, 7 de Julho de 2025
OBRA POLÊMICA
20.09.2011 | 07h25 Tamanho do texto A- A+

TJ decide se empreiteira retoma Residencial Bonavita

Trabalhos estão paralisados desde abril e sofrem interdições desde 2009

MidiaNews

Obras, que começaram em 2009, estão paralisadas desde abril deste ano

Obras, que começaram em 2009, estão paralisadas desde abril deste ano

LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO

Com as obras do Residencial Bonavita paralisadas desde abril - além de seguidas interdições sofridas desde 2009, a pedido do Ministério Público Estadual -, a Brookfield Incorporações/MB Engenharia vai saber, nesta terça-feira (20), se poderá dar continuidade ou não à construção do empreendimento, localizado na Avenida Juliano Costa Marques, próximo ao Pantanal hopping.

O recurso está na Quarta Câmara Cível do Tribunal de Justiça, sob relatoria do desembargador Mariano Travassos.

A construção foi embargada por decisão do juiz da Vara Especializada do Meio Ambiente, José Zuquim Nogueira, após ação civil proposta pelo Ministério Público Estadual.

Em sua decisão, o magistrado pediu pela demolição imediata do residencial, mas a empresa conseguiu uma liminar, concedida pelo desembargador Mariano Travassos, para "barrar", momentaneamente, o procedimento.

Em sua decisão, o juiz também anulou os Termos de Ajustamento de Conduta (TACs), anteriormente firmados entre a empresa e a Prefeitura de Cuiabá, acusando-os de estarem cheios de vícios, bem como o alvará de licença conquistado pela MB Engenharia para a construção do residencial.

Um dos principais conflitos que envolvem a construção do Residencial Bonavita é o espaço previsto no projeto apresentado e protocolado na Prefeitura de Cuiabá, e o que está sendo utilizado atualmente para erguer o complexo. Além disso, quando de sua aprovação, em 2003, o projeto atendia às exigências da lei.

Há oito anos, o projeto da MB Engenharia previa a construção de três prédios, que ocupariam uma área de pouco mais de 76 mil m². Desde então, o número de prédios aumentou para cinco, ocupando um espaço de 117,9 mil m², atingindo parte de uma Zona de Interesse Ambiental (ZIA) - além de passar a descumprir a legislação municipal, que sofreu alterações. Mudanças essas que não foram observadas e ajustadas pela empresa.

Multa

Em junho de 2009, a MB Engenharia foi multada em R$ 141,6 mil. O Ministério Público propôs ação, alegando que a empresa havia desmatado as margens do Córrego do Barbado, avançando sua ocupação para uma Área de Preservação Ambiental (APP), descumprindo o que estava previsto no projeto anteriormente aprovado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Smades).

De lá pra cá, Termos de Ajustamento de Conduta (TACs) foram assinados com a Prefeitura de Cuiabá e o Ministério Público, todos anulados pela liminar do juiz José Zuquim proferida este ano.

Enquanto a decisão não sai, as obras continuam paradas e os clientes da empresa ficam sem saber se irão ou não receber os imóveis que começaram a pagar.

Alguns deles, até mesmo, já ingressaram com ações judiciais, a fim de reaver os investimentos feitos ou na tentativa de firmar algum tipo de acordo, evitando prejuízos futuros.

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COMENTÁRIOS
15 Comentário(s).

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márcio  22.09.11 12h10
Do mesmo jeito que vocês ambientalistas de plantão criticam nós compradores, nós criticamos vocês, pois ou estão com vontade de comprar uma unidade lá, ou estão somente criticando gratuitamente, pois vejam, Cuiabá tem tanto problema de saúde, tanto desvio de verba, etc... e todo mundo resolve cair de pau em cima da Brookfield. Mas claro, ela é de fora, é uma super multinacional, até agora tratou todos os clientes com respeito, propôs voluntariamente a paralisação dos pagamentos mensais, devolveu dinheiro a quem quis, mas, enfim, é de fora. Criticar é fácil né. Volto a dizer, o córrego é um lixão, a empresa vai plantar milhares de árvores pra consertar o erro, o que vcs querem mais
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Milton Ribeiro  20.09.11 21h35
A Construtora fez consulta prévia junto a Prefeitura? foi autorizado através de alvará a construção do eficio? a Secretaria Municipal de Meio Ambiente vistoriou o local? ou a construtora simplesmente começou a obra sem os tramites primarios obrigatorio? Se algum funcionário ou Secretário autorizou o inicio daquela obra tem que ser PRESO! não é possível se construir naquele local. As empresas que chegam de fora, (nem todas) devem saber que Cuiabá tem leis, que aqui tambem é Brasil!
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elaine  20.09.11 17h47
Tomar que a decisão do juiz se cumpra. Esses pretensos proprietários não estão nem aí quando os problemas de péssima administração pública não os atinge. Não querem saber se a saúde não oferece o mínimo de qualidade, se a educação val de mal a pior; só se preocupam com a ruína da segurança (porque obviamente são alvos. Não querem saber se há corrupção no governo ou no judiciário, etc, etc. É bom que eles saibam que a corrupção; interesses outros irregularidades podem vitimar a todos.
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Arthur  20.09.11 14h17
Contesto a informação passada pela repórter Lislaine, a construtora está sim devolvendo aos compradores todo o dinheiro pago inclusive com correções, e sem nenhuma causa judicial! Pode até ter alguém que abriu um processo por não estar de acordo com algo, mas a construtora está sim devolvendo sem problemas! Fui em uma reunião com eles contestar sobre os valores pagos por mim, e eles se prontificaram na mesma hora a me devolverem todo o dinheiro e com correções!!!
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Lyse Santos  20.09.11 11h44
Lamentável o comentario da Sra. MAria Madalena. DEIXAR a cidade crescer a qualquer custo. É por essas e outras que o nosso Pais vive a situação que vive. As pessoas NÃO ESTÃO nem aí com as consequencias de atitudes do tipo: custe oq custar.
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