Um mês após morte, família de jovem cobra laudo da perícia

A morte de Vanessa Steffany Barbosa de Souza, 29 anos, ainda não foi superada pela família. Seu primo, Carlos Higino, 53 anos, cobra o laudo complementar para que dúvidas referentes a causa sejam esclarecidas.

A jovem morreu no último dia 19 de agosto, em um córrego na região de Manso, zona rural de Cuiabá. A primeira suspeita era de que Vanessa havia morrido afogada, mas o laudo preliminar emitido pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) apontou para causa indeterminada.

O delegado responsável pelo caso, Flávio Stringueta, explicou que, como o laudo complementar ainda não chegou às mãos da polícia, não dá para precisar qual foi a causa da morte.

“O que intriga a polícia é que se ela tivesse ingerido alguma substância e tivesse uma parada cardíaca ou um AVC [Acidente Vascular Cerebral], isso apareceria no laudo inicial. Mas, por hora, não há suspeitos”, afirmou o delegado.

A família não acredita na versão apresentada pelo namorado, um sargento do Corpo de Bombeiros, que estava com ela no rio e deu a versão inicial de afogamento.

Um laudo complementar foi pedido pela Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para o esclarecimento dos fatos.

As suspeitas de que não houve afogamento foram levantadas após os familiares ouvirem testemunhas que estavam próximas ao local em que Vanessa e o namorado passaram o dia. Vizinhos disseram que ouviram gritos, mas não souberam dizer se eram de socorro.

Dor

O primo da jovem contou ao MidiaNews que a mãe e tia da Vanessa estão com estado saúde debilitado após a morte.

“Vanessa era filha única. A mãe dela passou muito mal quando completou 30 dias de falecimento da filha. E a outra tia tem ido com frequência ao pronto-atendimento. Estamos sem chão”, disse Carlos Higino.

A assessoria de imprensa da Politec afirmou ao MidiaNews que o laudo já está pronto. Entretanto, ainda necessita da assinatura do perito responsável que deve ocorrer ainda neste fim de semana.